Recado de Amigo (Poema: Marcelo Henrique, Interpretação: Débora Nogueira)

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Recado de Amigo
Marcelo Henrique

Eu queria um amigo
Que me ensinasse a fitar o mar
Sem ter a pressa de voltar…
Que ficasse bem junto de mim
Esperando meu medo passar…
Que olhasse além dos meus olhos
Pra ver a mágica que é viver
E, de tudo que eu sinto, poder saber…

De sempre estar no meu pensamento,
À noite, ou, durante o dia,
A todo momento!
P’ra ouvir o meu lamento
Diante da luta pelo sustento
Só porque eu não me contento
Com aquilo que Deus me dá.

E, em outras andanças,
Ser eu, seu ombro amigo e fiel.
Porque, também ele sente a dor
Que o tempo está a lhe propor
Nas horas em que o cinza
Da tristeza lhe supera a cor
E eu me pergunto, Senhor,
O que faço pra lhe inundar de paz?
Também queria que ele soubesse,
Pois, na correria, a gente esquece
E se enfraquece, e desfalece
Não faz nem a prece
Que, a alma, aquece
Vive, assim, a rotinizar…

Aliás, porque é tão difícil
Romper o silêncio e… falar?
Abrir o peito e… chorar?
Sentir o coração disparar?
P’ra declarar o amor
Que se sente por alguém?
(Você não pensa assim também?)

E, afinal,
Eu queria você, amigo
Agora, mais perto
Pois é o instante certo
Do jogo aberto,
P’ra me ter sem pudor,
Pois é assim que deve ser o amor…

Mas… mas…
Por que vou chorar?
Você ainda está aí, não é amigo?
Amigo?
Amigo!

Interpretação: Debora Nogueira
Vídeo e edição: Evandro Oliva

Imagem de Dim Hou por Pixabay

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Postagem efetuada por membro do Conselho Editorial do ECK.

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