“Encontros com ‘O Livro dos Espíritos’ ”. Conte sua história!

Tempo de leitura: 2 minutos

No próximo dia 18 de abril de 2025 “O Livro dos Espíritos” (OLE) completa 168 anos. Dessa forma, o Grupo ECK destaca mais uma vez a obra que inaugurou a Doutrina dos Espíritos.

Como afirmou o professor Herculano Pires, na sua Introdução de OLE, na edição comemorativa dos 100 anos da editora Lake, sobre esse livro se ergue todo um edifício: o da Doutrina Espírita: 

“Ele é a pedra fundamental do Espiritismo, o seu marco inicial. O Espiritismo surgiu com ele e com ele se propagou, com ele se impôs e se consolidou no mundo. Antes deste livro não havia Espiritismo, e nem mesmo esta palavra existia. Falava-se em Espiritualismo e Neo-Espiritualismo, de maneira geral, vaga e nebulosa. Os fatos espíritas, que sempre existiram, eram interpretados das mais diversas maneiras. Mas, depois que Allan Kardec o lançou à publicidade, “contendo os princípios da Doutrina Espírita”, uma nova luz brilhou nos horizontes mentais do mundo.”

Para comemorar esta data, o Grupo ECK lança a ação editorial Encontros com “O Livro dos Espíritos”. Nela, nossos leitores e seguidores poderão se manifestar e contar como se deu o (primeiro) encontro com a obra basilar do Espiritismo. É um importante registro e uma marcante homenagem que fazemos a Allan Kardec.

Então, convidamos você a descrever uma história, uma curiosidade, os sentimentos e as reflexões advindas desse encontro com o livro. Nosso objetivo é termos um painel sobre a importância de OLE na vida das pessoas. 

Você pode, para tanto, usar o campo abaixo de comentários. Mas, caso você queira descrever a sua vivência em mais de uma lauda, pedimos que nos envie sua contribuição (em “word”) para o e-mail contato@comkardec.net.br para que a mesma seja analisada e publicada em formato de post no Portal ECK. 

Entendemos que o mais importante nesta ação é reunir esse arcabouço de vivências, por meio de livre participação, comemorando, assim, mais essa data alusiva à obra pioneira.

Fale, conte, sinta, rememore para o ECK como foi o seu Encontro com “O Livro dos Espíritos”

Foto: Filme “Kardec: A história por trás do nome”, de Wagner de Assis

Para publicar seu comentário, por gentileza, role a página o respectivo formulário. Gratidão!

Written by 

Postagem efetuada por membro do Conselho Editorial do ECK.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

49 thoughts on ““Encontros com ‘O Livro dos Espíritos’ ”. Conte sua história!

  1. Sinceramente,
    Nem tem como eu me lembrar do primeiro encontro.
    Provavelmente foi em um Evangelho No Lar. Deveria eu estar no colo de minha mãe, ainda com menos de um ano de idade.
    Nasci em família espírita.
    Agora, o primeiro encontro que tenho lembrança, foi durante a primeira aula de evangelização no C.E Amor e Caridade, em Ribeirão Preto. Lá estávamos no ano de 1972. Eu com 6 anos de idade. Lembro até de colorir uma figura de Alan Kardek em “homenagem” ao codificador.
    Meus pais me deixavam no centro e quando acabava a evangelização, eu voltava à pé para a casa de meus avós, para reencontrar todos.
    Desde então, SEMPRE que paira uma dúvida ou preciso relembrar algum assunto, é ao L.E. que recorro.
    Mas confesso, não sou mais o mesmo que foi apresentado a ele tantos anos atrás.
    O L.E. transformou minha maneira de entender o mundo e o Universo.
    Mudou minha maneira de entender a todos. E a mim mesmo.

  2. O Primeiro Encontro

    Lembrar de meu encontro com OLE é tarefa complicada. Vindo de família de metade xcatólica e metade espírita em que minhas avós eram meu amparo, meu porto seguro, cada qual a sua maneira. Ir à missa, ou olhar o busto de “Padre Reus”, de quem minha avó paterna era devota, era algo meio surreal devido ao parco entendimento que possuía. Mas, ir à Aliança Espírita da cidade – bem perto de nossa casa, de mãos dadas com minha avó materna era algo que até hoje me emociona, relembro seu vestido xadrez, cuja cor predominante era o azul, seus pés cheios de calos não a fazia desistir e íamos, nas tardes de sábado eu e minha avó pela rua Dona Luísa. Esse nome talvez por acaso era também o nome de sua irmã: tia Luísa ou como minha mãe a chamava carinhosamente de tia Lilisa. E o encontro com um dos livros fundamentais da Doutrina Espírita se deu naturalmente lido aos poucos, com pouco entendimento, mas na constância necessária houve o despertamento nem tudo é explicado ou definitivo, contudo está lá. A Obra de Kardec é vasta e para compreendê-la faz se necessário o estudo incessante, dei-me conta disso com o tempo. Foi em 1984, na cidade de São Leopoldo – região metropolitana de Porto Alegre – perante a estante de minha tia Lilisa que O Livro dos Espíritos saltou aos meus olhos foi lido e nada compreendido, algo que me lembra as palavras de meus alunos: legal, mas não consigo dizer o porquê. Naquela época, eu pensei: Que bacana! Não entendi quase nada! Até hoje, a luta é constante, a fim de entender, internalizar e aplicar. Todavia, temos tempo, temos amigos, temos o ECK para nos ajudar. Relembrando aquela menina saltitante de mãos com sua avó, hoje é uma senhora, também saltitante, de mãos dadas com o ECK.

    MCR – 08 de abril de 2025

  3. BREVES ANOTAÇÕES SOBRE O LIVRO DOS ESPÍRITOS E EU
    Nascido em família espírita tomei contato com as obras de Allan Kardec desde muito cedo. Na juventude conheci mais a fundo O Livro dos Espíritos que sempre foi referência nos estudos do grupo de jovens que frequentei por mais de uma década.
    Em meados da década de 80, estudos sobre “As Leis Morais”, o capítulo mais extenso do livro realçaram a relação entre as questões sociais e a filosofia espírita. A admiração pelo livro aumentou.
    Sem atribuir-lhe um caráter sagrado, penso no livro como a principal referência para o estudo do espiritismo. Sem conhecê-lo não há como compreender a essência da teoria espírita kardecista.
    As inúmeras alterações que Kardec promoveu na obra – desde a segunda edição que ampliou-a consideravelmente, até a 16ª edição, em 1869* – indicam a necessidade de permanente revisão do seu conteúdo por meio de estudos à luz do pensamento contemporâneo.
    O Livro dos Espíritos é o grande clássico dentre as obras produzidas pelo fundador do espiritismo. Mas que não pode ser lido sem a devida contextualização. O mundo mudou demais desde 1857…
    Ainda é meu livro espírita favorito!
    Curitiba, 06 de abril de 2025.

    Saulo de Meira Albach

    • LIRA NETO, Luís Jorge. Os Livros dos Espíritos, Luís Jorge Lira Neto, 2019, Capivari-SP.

  4. Então , meu encontro com o livro dos espíritos foi no ano de 1987 , no Centro Espírita Teresa de Jesus em São José- SC , Comecei o estudo sobre a coordenação das nossas amadas irmãs Irma e
    Maria. Ambas já na pátria espiritual , mas deixaram para nós que compartilhamos com Elas os momentos de estudo um legado de muito amor e sabedoria .

    Estudar o livro dos espíritos foi como iluminar o caminho, foi despertar , tirar o véu da ignorância e caminhar nesta terra com passos mais seguros.

    Antes apenas estudante , hoje dirigente de uma casa espírita, vejo que este encontro com a luz
    do aprendizado me levou
    a crescer espiritualmente e a buscar cada vez mais evoluir através da nossa doutrina consoladora.

    Continuamos até os dias atuais estudando o livro dos espíritos , hoje de forma on LINE com as facilidades que a tecnologia nos trouxe a qual temos muito gratidão , mas na certeza que continuamos aprendendo e temos muito ainda a aprender .
    Sou eternamente grata a Kardec , as facilitadoras de nosso estudo e a Jesus por nos permitir a luz do entendimento .
    Muita gratidão 🙏❤️

  5. Interessante me encontro com o Livro dos Espíritos, tudo começou quando por causa de uma irmã que tenho e eu tinha por volta de 14 a 15anos. Esta minha irmã, tinha uns repentes e soltar fantásticas gargalhadas e falar comigo como se fosse outra pessoa. Eu fui me acostumando com isto e até cheguei a fazer amizade com algumas destas figuras que diziam não ser minha irmã e começaram a se identificar dizendo que eram espíritos que já não tinham mais o corpo físico. O tempo foi passando e minha irmã casou, e estas pessoas começaram a se multiplicar e aí minha irmã dizia que viu estas pessoas. Estas relações se intensificaram e as vezes ela ficava nervosa falando coisas estranhas e chegava a perder a consciência e a família de meu cunhado levava ela nos prontos-socorros e chegava lá os médicos a examinavam e debochavam dizendo que era tudo fricote. Como ela confiava muito em mim, sempre pedia minha ajuda. Resumindo, seu marido a internou no Hospital Psiquiátrico Charcot por um tempo. Eu me casei e mudei para Guarulhos e ela e seu marido também adquiriram um apartamento perto do meu. As manifestações continuavam a acontecer e eu ficava pensando, será que não existe nenhuma literatura que fala sobre isto? Aí disseram a nós que lá nos prédios umas pessoas que frequentavam a FEESP, outras outros Centros Espíritas e que estavam se juntando e formando um grupo. Eu e minha irmã fomos procurá-los e a partir daí ela foi aprendendo a lidar com estas manifestações. Imagine uma mediunidade que minha irmã não tenha, entrei no grupo de estudos e tomei contato com o Livro dos Espíritos e aquilo me encantou porque era a literatura que eu tanto procurava. O Grupo em formação passou a se chamar “Grupo Espírita Dr. Bezerra de Menezes” e minha irmã passou a ser uma das médiuns referência neste grupo. Hoje ela já está com 79 anos e já está diminuindo a intensidade de suas atividades. Maia o Livro dos Espíritos até hoje me auxilia muito em minha vida. Eu assumi a presidencia de um outro Centro Espírita em Guarulhos e como sempre digo, estou na esteira e vamos caminhando.

  6. No primeiro ano de faculdade, distante da família e do grupo de amigos da infância e das primeiras escolas, comecei a ter inquietações e dúvidas existenciais. Na época, de formação católica, o que havia recebido de informações não era suficiente para explicar as minhas dúvidas. Procurava por algo que não encontrava. Busquei conhecimento em doutrinas orientais e nada encontrava. Como estudava longe de minha cidade natal, mensalmente a visitava. Em uma dessas vezes, sem que eu o buscasse pois não o conhecia, minha cunhada Tânia me ofereceu O livro dos espíritos para eu ler. Do início ao fim foram poucos dias de leitura. Encontrei o que buscava. Mesmo assim, não entrei no Espiritismo. Apenas alguns anos depois, já com os meus 27 anos, procurei o Centro Espírita Divino Mestre, em São José dos Campos, para estudar a Doutrina. Foi o meu primeiro curso de estudo. Era no formato leitura e discussão dialógica de cada pergunta e resposta de O livro dos espíritos. Depois disto, muito outros livros foram lidos e estudados, mas ainda hoje, O livro dos espíritos é leitura obrigatória em meu dia a dia.

  7. Eu tive os primeiros contatos com “O Livro dos Espíritos” em citações feitas durante estudos na Mocidade que eu frequentava. Às vezes em casa eu pegava a obra pra consultar algum assunto específico. O primeiro contato profundo foi ainda na adolescência, quando me entrosei com amigos um pouco mais velhos que eu, e que participavam ativamente de um grupo de estudos nos domingos às 18h. Aquela foi uma época especial pra mim, porque foi meu primeiro estudo longo e aprofundado do livro, em um contexto de amizades. Era um grupo muito bem organizado, com lideranças inteligentes e carismáticas. Assim eu fui descobrindo e aprendendo a admirar a sabedoria de “O Livro dos Espíritos”. Lembro de sairmos do estudo e quase sempre ir em uma lanchonete ali perto. A conversa rendia horas seguidas, regada a comida e alegria. Tempos depois, coordenando a Mocidade no mesmo centro, eu continuei a tradição e apresentei aos outros a mesma lanchonete. Além disso, ajudei a fundar mais dois grupos de estudo das obras de Kardec, integrando a coordenação de ambos. Jovem adulto eu estudava o LE sábado, domingo e segunda. Isso foi muito importante para que eu construísse a minha base doutrinária lendo diretamente Kardec.

  8. Na minha infância e nos primeiros tempos de juventude minhas relações com o Espiritismo consistia nas manifestações mediúnicas, em torno de um medium, quase sempre uma senhora que era procurada, a casa lotada de consulentes todo mundo buscando solução de problemas pessoais, conjugais, financeiros ou, em larga escala, problemas de obsessão. Nas sessões sequer se mencionava o nome Allan Kardec. Foi quando, ainda quase pós-adolescente, fui convidado para entrar na Mocidade Espírita de Andradina, órgão unido ao DM do então 12° Conselho Regional de Araçatuba. A princípio a ideia era o Espiritismo religião, o que era natural considerando os nossos atavismos nos encadeamentos das crenças nos processos de auto-superação do pensamento, alavanca da evolução do Espírito desde o “átomo ao arcanjo”. Aí fui tomando noção do Livro dos Espíritos, a cada leitura e reflexão se me dilatavam novos horizontes cognitivos. Hoje eu tenho convicção de que o LE sai da esfera pessoal de AK e assume a realidade universal do Princípio Inteligente elementar, individual dos Reinos Primários, onde se elabora nos processos ininterruptos de sair de uma esfera inferior e entrar nos rudimentos da esfera imediatamente superior da infinita escala de desenvolvimento. O LE é a representação simbólica da existência da Alma/Espírito, é um compêndio no qual estão escritos a “fogo” todas as Ciências Físicas e Humanas nas relações íntimas com a Natureza, engendrando consequências morais decorrentes dessas relações, tal como específicam os Prolegomenos “não é senão pelo trabalho do corpo que o Espírito adquire conhecimentos”. O LE simboliza uma árvore frondosa, cujo tronco robusto sustenta a copa, alimentada através das raízes profundas fixadas no solo do qual extrai nutrientes, alegoria do trinômio Deus ===>Espírito ===>Matéria. Esta a minha visão pessoal do que é o LE, por extensão do que é o ESPIRITISMO.

  9. Primeiro preciso ressaltar que venho de uma familia espírita, sendo assim sou espírita desde que nasci.
    O primeiro contato com OLE se deu no período da mocidade espírita( lá pelos anos sessenta/setenta do século passado) tradicional MEEV de Santos/SP.
    Nossa mocidade estudava em ciclos de estudo que iam do iniciante a graduados e o Livro dos Espirros era a base desses estudos.
    Assim ocorreu o encontro com esse livro que é a parte moral, cientifica e filosofica da obra do fundador do Espiritismo, Allan Kardec.
    E como dizia um tio, cada vez que abro esse livro para uma leitura, é um novo aprendizado que acabo conquistando.
    Abraços.
    João Régis Conde-Bal. Piçarras/SC.

  10. Tinha 19 anos e morava em uma república, com mais dois estudantes. Um colega da faculdade, na época fazia Educação Física, tinha uma característica diferenciada dos demais pois participava das festas e não compartilhava álcool nem tabaco, cujo uso era comum na época, e parece que continua sendo. Pois então, ele chamou minha atenção e resolvi perguntar por quê ele não fazia uso. Ele respondeu que era espírita e entendia que o uso de qualquer tipo de droga não é bom para a saúde, tanto biológica quanto espiritual. Fiquei mais curioso ainda e fiz outras perguntas. Ele cansado, acredito eu, de tantas perguntas, emprestou-me o Livro dos Espíritos, num sábado, a noite. Iniciei a leitura as 20h, e acabei as 5h do outro dia, com muita sofreguidão e encantamento. A partir daí comecei a frequentar um Centro Espírita da cidade onde pude aumentar minhas leituras pois arrumei “emprego” na livraria da casa, em um turno, onde acabei lendo todos os livros a disposição para a venda…muito romance, coleção AL, alguns clássicos que a FEB ainda publicava, até o surgimento de uma edição da Revista Espírita da FERGS, questionando se a DE seria Religião. A partir dessa leitura e data, comecei a questionar muitas coisas e, como sempre acontece com os que ” incomodam” o ambiente conservador, fui sendo excluído até me retirar em 1992, por não mais compactuar com a prática da casa e das pessoas que a dirigiam que apresentavam postura dissonante dos postulados doutrinários, tanto dentro quanto fora da casa..Depois a vida segue até encontrar o ECK do qual fiz minha “casa” e com todo o privilégio de estar aprendendo continuamente, embora participe pouco dos embates “revolucionários” perante o conservadorismo febiano. Abraços 🙏🌻

  11. Conheci em simultâneo tanto o LE como a Filosofia Espírita há cerca de 10 anos.Educada numa família católica, tinha ouvido falar de Espíritismo como mais uma seita religiosa como as Testemunhas de Jeová, que num episódio da minha infância lembro, de que a minha mãe correu pelas escadas abaixo à vassourada duas senhoras que a queriam doutrinar para a causa do Reino de Jeová. Muitos anos depois alguém da família me ofereceu um exemplar do Livro dos Espíritos e também um Evangelho Segundo o Espiritismo. Ambos tiveram grande impacto sobre mim, mas principalmente o L.E. e o que nele li mudaram a minha forma de ver a vida. Os terrores infundados pela Igreja Católica desde garotinha, levavam-me a questionar, pelo menos quando ia comungar ( o que aconteceu pouquíssimas vezes) porque ficava arrepiada quando o padre colocava a hóstia na boca e dizia ” este é o corpo de Cristo” eu pensava sempre ” mas eu não sou canibal “, ao conhecer as perguntas de Kardec e sobretudo as respostas que os Espíritos lhe deram, o meu entendimento sobre as eternas pergunta de ” porque estou aqui “…qual o propósito da vida?” Que nunca tinha sido respondido, porque a perguntas difíceis, vinha sempre ” o mistério” como resposta, o inferno era mais falado do que o céu. Só os santos iam para o céu e tudo o mais que incutiam nas nossas cabeças infantis e que assim se mantêm na idade adulta dos crentes, que ” espalham” santidade durante a missa de Domingo e na sua intimidade são, abusadores de direitos fundamentais e de desrespeito pelos direitos humanos. Assim aqui deixo o meu agradecimento a quem um dia me ofereceu o L E, e me levou a um Centro Espírita, ( que eu desconhecia totalmente),numa altura de grande sofrimento psicológico causado pela partida de um ente querido.Conheci assim uma filosofia que podia mudar o Mundo se a palavra Espiritismo não tivesse a carga negativa e o estigma que ainda faz parte do léxico, pelo menos aqui em Portugal. Sou grata por ter conhecido o ECK, que é tão progressista quanto Kardec queria que fosse a Doutrina Espírita.

  12. É difícil para mim rememorar esse momento. De família espírita, tive acesso desde cedo às obras de Kardec, embora prevalecesse O Evangelho Segundo o Espiritismo. Lembro, porém, que foi na mocidade que me dei conta de que, por trás das mensagens dos espíritas, havia também o trabalho de um entrevistador e editor. O formato de perguntas e respostas e a contiunidade de uma conversação sobre temas filosóficos essenciais foram marcantes na minha formação.

  13. Conheci o Livro dos Espíritos aos 19 anos, e não o larguei até concluir a sua leitura. Lembro e sinto como se fosse hoje, cada página respondia às minhas questões filosóficas mais íntimas que desde muito jovem eu nutria, e a sensação era de reconhecimento, como se aquele conteúdo estivesse sendo lembrado a mim. Concluí a leitura em apenas dois dias, fazendo apenas pequenas pausas. Na noite do primeiro para o segundo dia, eu me vi em espírito, ao lado do meu corpo, continuando a leitura do livro; naquela época, a minha mediunidade já aflorada, permitiu que vivenciasse e lembrasse dessa experiência de imortalidade. Ao acordar pela manhã, lembro que me emocionei com a oportunidade de despertar em meu espírito, aqueles conhecimentos que estavam adormecidos em mim. O Livro dos Espíritos foi o processo maiêutico que fez o meu espírito acordar nesta reencarnação.

    Lindemberg Castro

  14. O Livro dos Espíritos encontrou-me numa prova.
    E ele tirou a nota máxima nessa prova. Um desconhecido em minha vida de meio século, acabou tornando-se o mais importante conhecido depois daquele encontro: são páginas e páginas de esclarecimentos sobre mim, e isso já diz tudo. O livro dos meus Espíritos.

  15. O meu encontro com o Livro dos Espíritos, aconteceu a partir de uma doutrinária no qual eu fui convidado para participar. Eu recebi de o Livro dos Espíritos de presente e foi também a minha aproximação da doutrina espírita. E esse episódio já tem mais de 30 anos.

  16. Recuerdo con claridad el día que conocí El libro de los espíritus: 20 de mayo de 1967.
    Asistí, por curiosidad y con escepticismo, a una conferencia dictada por David Grossvater en el movimiento llamado CIMA, en la ciudad de Maracay, Venezuela.
    Tenía entonces 17 años y pronto ingresaría en la Universidad.
    Aunque de familia católica, ya mis variadas lecturas me habían distanciado de manera definitiva de cualquier creencia religiosa.
    No estaba, por lo tanto, dispuesto a participar de alguna variante neoreligiosa.
    Por fortuna para mí, el CIMA se definía como una institución espírita laica, evolucionista, racionalista y librepensadora, y eso me agradó mucho, pero no me convenció de su propuesta espiritualista.
    Grossvater me obsequió un ejemplar de El libro de los espíritus, con la peculiar condición de que lo leyese críticamente y que después hiciese una exposición pública criticando el contenido de aquella obra.
    Nunca di esa conferencia porque a medida que leía el libro me iba sintiendo identificado con sus conceptos, aunque algunas expresiones religiosas seguían sin agradarme, como sucede hasta el día de hoy.
    Unos meses más tarde, hice una solemne proclamación de adolescente: soy espírita !
    Durante más de cinco décadas he estudiado intensamente a casi todos los autores espíritas, encarnados o desencarnados, y sigo pensando que El libro de los espíritus es la obra capital del espiritismo, aunque debe ser leída y comprendida en el contexto histórico y cultural en que fue escrita, y se debe, sin temor alguno, expresar que algunos conceptos expresados por Kardec o por algunos espíritus están obsoletos y no se pueden seguir divulgando de manera acrítica.
    Es una obra monumental, pero no infalible.
    Confieso que es y sigue siendo MI libro, aunque, prevenido contra el fanatismo) digo como repetían algunos clásicos latinos: Timeo hominem uniun libri.
    (Le temo a los hombres de un solo libro)

  17. Um livro fundamental
    Comigo aconteceu em 1976. Uma amiga da minha esposa, que conhecia meu gosto por leitura, em visita nos trouxe por empréstimo alguns livros que, segundo ela, seriam do nosso agrado. Vinham embalados de modo bem simples, numa sacolinha.
    Sem conter a ansiedade, tomei a iniciativa de observa-los e identifiquei um título que chamou minha atenção: O Livro dos Espíritos. Percebendo minha curiosidade, ela informou que era um livro de filosofia espírita, escrito pelo francês Allan Kardec, no formato de perguntas e respostas.
    Assim que se despediu, peguei o volume e fui para o quarto, saber do que se tratava. Depois de algumas horas de leitura estabeleceu-se imediata e magnética identificação entre mim e o conteúdo desconhecido.
    Desde aquele 1976 até hoje, tenho lido e estudado Allan Kardec sempre com muita emoção e entusiasmo. E esse livro fundamental estruturou bem satisfatoriamente a minha forma de pensar e viver. Além de exigir de mim o auto aperfeiçoamento, me fez procurar meus semelhantes para, juntos, trabalharmos por um mundo melhor.
    O Livro dos Espíritos foi um grande acontecimento em minha vida. Sou grato a Deus.

  18. Bem amigos, eu tive um avô espírita e um tio que também seguia os ensinamentos de Kardec, mas foi mesmo ao me mudar para Santos, em meu primeiro emprego que passei a ler as obras de Kardec, li o Evangelho, na verdade a Introdução, com isto imediatamente fui atrás do Livro dos Espíritos. Ao levar no ônibus da empresa o LEs muitas pessoas vieram falar comigo e acabei na Mocidade Espírita Estudantes da Verdade do CEAK de Santos, conheci minha esposa Claudia Régis, filha do grande espírita Jaci Régis, a partir daí o Espiritismo mudou minha vida!

  19. DO ESE AO LE
    Milton Medran Moreira
    Já relatei, algumas vezes, que o primeiro livro de Kardec com o qual me deparei foi “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Presenteou-me com um exemplar uma senhora cujo nome sempre repito com carinho. Chamava-se Celementina Benson, com quem tive contato nos primórdios de minha advocacia, em 1974.
    Até hoje guardo aquele exemplar, oferecido a mim com uma carinhosa dedicatória.
    Para quem, como eu, fora seminarista católico e que, naquele momento, comportava-se como um agnóstico, descrente dos ilógicos dogmas cristãos salvacionistas, o ESE operou algumas reflexões. Pude ver que, para além da dogmática católica, que eu rejeitara, da mensagem de Jesus defluíam riquíssimas interpretações da moral do Nazareno, capazes de sustentar posturas racionalistas, a partir, notadamente, da visão reencarnacionista.
    Talvez o ESE não me tenha tornado, de pronto, um espírita, mas, inegavelmente, fez de mim um cristão reencarnacionista, coisa nunca antes cogitada.
    De qualquer sorte, o ESE e Dona Clementina me abriram o caminho para a busca de outras obras do mesmo autor. E, claro, isso me conduziria, logo, a conhecer outro livro, tido como a obra prima de Allan Kardec: “O Livro dos Espíritos”.
    E, então, a racionalidade, a adequação de princípios já vistos no ESE a uma linguagem moderna, de feição mais próxima à laicidade e compatível com as demandas da Modernidade, fortaleceram em mim convicções espiritualistas menos religiosas e mais potencialmente examináveis à luz da filosofia e dos grandes problemas sociopolíticos de nosso tempo.
    As grandes questões expostas, no interessante e didático formato de perguntas e respostas, em O Livro dos Espíritos, são de um dinamismo e de um potencial tais que, lidas a qualquer tempo, apontam, sempre, para um futuro de transformações pessoais, políticas e sociais revolucionárias.
    A ideia da imortalidade do espírito e sua progressividade mediante a vivência das vidas sucessivas fazem vislumbrar um futuro grandioso para a humanidade. E isso, ao fim e ao cabo, contraria frontalmente o pessimismo da escatologia cristã, segundo a qual, embora todos tenhamos sido criados por Deus, a salvação é reservada a alguns apenas.
    À ideia da redenção dos evangelhos cristãos, O Livro dos Espíritos contrapõe a generosa filosofia do progresso a que estão destinados todos os espíritos, criados “simples e ignorantes”, mas destinados à plenitude e à felicidade.
    Assim, se o ESE resgatou em mim um pouco do cristianismo perdido, o LE, a partir das sucessivas leituras de suas questões, ao curso de cinco décadas, fez de mim um livre-pensador, espiritualista, laico e profundamente crente no potencial progressivo do ser humano e da humanidade.

    (Porto Alegre, 05.04.25 – Depoimento para o ECK)

  20. A primeira coisa que me vem à mente quando penso no Livro dos Espíritos é o cheiro de pão doce. Explico: meus pais eram espíritas e faziam uma reunião semanal com alguns amigos. Um deles era tão querido que eu o chamava de tio Alfredo e ele me chamava de sua “pestanuda” por causa dos meus cílios enormes. Eu devia ter uns quatro anos e era só olhos e bochechas. Acontece que nessa época de saudosa memória, tio Alfredo era dono de uma padaria em Santo Amaro, famosa por fazer deliciosos pães doces com o formato de animais.
    Assim eu me lembro de ficar pelos cantos da sala, observando o movimento dos adultos no dia da reunião: minha mãe colocava a toalha branca de renda sobre a mesa e meu pai, cheio de cerimônia, trazia seu livro favorito e o colocava no centro ao lado de uma jarra com água.
    Eu ficava flanando por ali até que eles apagavam a luz principal e minha mãe me pedia para sair da sala e ir para o meu quarto.
    A verdade é que eu vivia uma relação de amor e ódio com o importante livro em questão. Gostava dele porque ele trazia o tio Alfredo pra nossa casa, mas odiava ter que esperar a reunião terminar pra poder comer o delicioso pão doce que era servido com café. Meu favorito era um jacaré enorme, cujos olhos eram feitos de deliciosas cerejas em calda que eu disputava com meus irmãos.
    No dia que meu pai me convidou pra fazermos o nosso primeiro evangelho no lar, ele trouxe o Livro dos Espíritos e o colocou no lugar de sempre, então, eu soube que eu já tinha crescido o suficiente pra ser admitida em seu estudo. Naquele dia eu me senti realmente importante. Foi o dia em que minha jornada espírita finalmente começou.

  21. Tive contato mais profundo com o Espiritismo e o Livro dos Espíritos no final da adolescência, quando, embora de família espírita, transitava internamente entre o deísmo e o ateísmo. Os estudos de Filosofia que fazia, associados à leitura da obra de Kardec, trouxeram-me uma satisfação aos questionamentos da razão que não encontrei em nenhuma outra filosofia. Jamais tendo experiências espíritas, aderi ao Espiritismo integralmente pela razão, pela filosofia. E ainda hoje as explicações e argumentações kardecianas trazem profundidade, fazem parte da minha vida e orientam meu pensamento moral e social. Foi um encontro marcante para esta mente questionadora, que se viu permitida a continuar autônoma quando adesa à doutrina espírita.

  22. Quando, em 2016, e depois de décadas de interesse por espiritualismos, sem afiliação a qualquer orientação ou religião, “encontrei”, quase por acaso, o site de uma casa espírita em Lisboa, dispus-me a assistir a uma das suas palestras. No final da sessão dirigi-me à mesa, felicitando os oradores, pois achei deveras interessante. Um deles segurou a minha mão longamente (o que achei um pouco estranho), e falou-me do curso de iniciação ao Espiritismo que estava prestes a começar, convidando-me a frequentá-lo, já que era um dos dois orientadores do curso. Constava, precisamente, do estudo de O Livro dos Espíritos. Inscrevi-me, e, nas vésperas do seu começo, dispus-me a adquirir o volume.

    Havia volumes à venda na casa espírita, e por baixo preço, mas, inexplicavelmente, determinei que haveria de entrar na casa para a primeira lição já munida do exemplar… Havia, e há, livros disponíveis em livrarias, e dirigi-me a uma das ruas mais carismáticas de Lisboa, a Rua Garrett, onde coexistem livrarias e alfarrabistas. Também ignorei os volumes das grandes livrarias, e entrei num alfarrabista. Com poucos funcionários e muitos volumes, a organização não era impecável. Dirigi-me à secção de livros religiosos e espiritualismos, mas não encontrei o OLE… Aí, fui abordada por um padre muito eloquente e comunicativo, que também procurava um livro, e pensei divertidamente “Se soubesses do que venho à procura…” Dei por mim a encaminhar-me para a secção de livros esotéricos, onde estavam à vista todos os livros produzidos por Kardec, excepto o OLE! Fiquei desapontada.

    “Falar sozinha”, alto, ou silenciosamente, não é incomum, e um tanto irritada, pensei a frase: “Querem que encontre o livro, ou não?!” Relanceei para a prateleira acima da minha linha visual, e lá estava um OLE, entalado entre volumes que nada tinham a ver com Espiritismo.

    Retirado e folheado, verifiquei ser a 55ª edição da FEB, com tradução de Guillon Ribeiro. Tinha uma assinatura inteligível, a vermelho, e dois “presentes” entre as folhas: uma página de calendário de secretária com data de 9 de agosto de 1983, com uma anotação inteligível; um folheto com uma oração de Emanuel, com o título Ato de Louvor, uma oração de Maria Dolores, com o título Ausência e Fé, e várias quadras psicografadas, de vários autores. Todas com a nota de pé de página: “recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião mediúnica da Fundação Marietta Gaio, sediada à rua 19 de outubro, 54, Bairro de Bonsucesso, Rio de Janeiro, na noite de 04-Agosto-82”.

    Quando me dirigi à caixa para pagar (€20, consideravelmente mais do que os volumes à venda na casa espírita), o proprietário comentou para o parceiro “Eu não te disse que ainda havia um?!” E explicou que, alguns dias antes, uma senhora tinha procurado o livro, mas não tinham conseguido encontrá-lo. Difícil não pensar que me estaria reservado…

    Assim, em 2016, tornei-me herdeira de um OLE que terá pertencido a um espírita desconhecido, que se não foi brasileiro, foi, pelo menos, residente no Rio de Janeiro, nos anos 80 do século XX. Como é que o livro acabou num alfarrabista de Lisboa?

    Apesar de nitidamente usado e manuseado, tem apenas um sublinhado a vermelho vertical na margem esquerda, compreendendo a pergunta e a resposta 807, capítulo IX Da Lei da Igualdade, “Que se deve pensar dos que abusam da superioridade de suas posições sociais, para, em proveito próprio, oprimir os fracos?” “Merecem anátema! Ai deles! Serão, a seu turno, oprimidos: renascerão numa existência em que terão de sofrer tudo o que tiverem feito sofrer aos outros.” Apenas a última declaração após os dois pontos está sublinhada a vermelho.

    Cruzando alguns elementos de que tenho conhecimento, e acrescentando o meu repúdio de assimetrias sociais, posso interpretar uma aplicação pessoal possível deste trecho do OLE. Mas naturalmente compreenderão que seria uma revelação demasiado pessoal, que reservo.

  23. Quando criança, católico, ia na casa de um parente espírita e via aqueles livros na estante, inclusive o livro dos espíritos, e confesso, morria de medo.
    Já adolescente, em 1990, na sala de aula do segundo ano do Ensino médio, e amigo pede para passar para outro amigo nas cadeiras da frente um livro. Ao passar pelas minhas mãos, retive a obra e comecei a folhear. Era O livro dos espíritos.
    Dali foi ir a noite no grupo espirita, se voluntariar para fazer a prece…e começa uma longa trajetória de uma relação com o espiritismo, que perdura até hoje.

  24. Nasci aos 24 de Dezembro do ano 1978 em Campos dos Goytacazes, RJ. Meus pais adoráveis: Antônio Carlos Gonçalves Paixão e Regina Célia Ferreira Machado Paixão, a eles devo os meus primeiros passos na educação cristã através dos ensinamentos que eles pregam e praticam da Igreja Católica Apostólica Romana (Tradicionais). Além de mim, eles deram a oportunidade da Vida a mais dois Espíritos, minhas irmãs.
    Tornei-me espírita aos 16 anos, após ter passado em frente a uma banca de vendas de livros espíritas, da Escola Jesus Cristo e que ficava situada no Centro da cidade, eu estava com R$ 7, 00 no bolso e parte deste valor seria para pagar a passagem do ônibus até minha casa, mas um livro me chamou a atenção, era O Livro dos Espíritos e o comprei, ele custava exatamente R$ 7, 00, fui a pé para casa e, depois de atividades escolares, li o “O Livro dos Espíritos” em uma madrugada, percebwendo que já o conhecia, mas que, apesar disso, o que estava escrito era novidade para mim e assim redescobri através dele a nossa fé que já se esvaía devido à nossa insatisfação com os dogmas da Igreja e leituras que fazia de obras de escritores russos como Dostoiévski e Léon Tolstoi que tem personagens que questionam a fé.

    Esse meu relato breve do encontro que tive com O Livro dos Espíritos.

  25. Perde-se nas brumas do tempo (e de minha já desgastada memória) quando tive o primeiro contato com O Livro dos Espíritos. Acompanhando meus pais desde muito criança às visitas a primos do meu pai que faziam, em casa, reuniões mediúnicas, os fenômenos não me impressionavam mais, e leituras espíritas eram usadas para preparação- e naturalmente não lembro com precisão quais eram essas leituras.
    Quando comecei a participar da Mocidade Espírita Luiz Ismael (carinhosamente apelidada de MELI), no final dos anos 60, ele estava presente em nossos estudos, e desde então faz parte de minha vida sua leitura, para estudo metódico ou para consulta específica, para alguma apresentação.
    O notável é que ainda hoje surgem novos aspectos quando se refaz o estudo, especialmente nas troca de ideias dentro dos estudos em grupo, presenciais ou remotos- observações feitas pelos demais participantes muitas vezes me levam a considerar ângulos ainda inexplorados da existência, tanto no campo material quanto no espiritual. É como uma ‘caça ao tesouro’, em que cada passo nos apresenta novas descobertas. E o tesouro é esse livro…

  26. Meu primeiro contato sério com O Livro dos Espíritos se deu em 1981, quando eu contava com 31 anos de idade. Até então tive contatos frequentes com o Espiritismo, por ser da 3ª geração de uma família espírita, mas nunca tinha me aprofundado nos princípios espíritas e suas consequências. Já tinha passado por outras experiências de leituras que foram muito chatas e que não me entusiasmaram, tendo em vista minha produnda ligação com as ciências exatas, que me conduzem duvidar de tudo e ser avesso ao religiosismo.
    Na minha primeira investida para entender o Espiritismo, me foi emprestado o primeiro volume dos 4 evangelhos de Roustaing… Não me recordo, mas acho que não cheguei na décima página!
    A busca não demorou a chegar em O Livro dos Espíritos e foi uma experiência renovadora, que, acredito, deve ter ocorrido com a maioria dos espíritas de hoje. A leitura, “de fio a pavio”, me trouxe a sensação de plenitude, parecendo que todas as minhas perguntas estavam sendo respondidas. Foram muitas leituras! Não demorou para começarmos um estudo familiar, quando as filhas já tinham idade para compreender, lendo e refletindo uma a uma das questões, desde a intrudução até a conclusão, em reuniões dominicais, que demorou 9 anos para ser concluído. Também já fizemos estudo crítico d’O Livro dos Espíritos no âmbito do grupo espírita.
    Embora se possa ter reservas quanto a algumas afirmações dos espíritos, ou mesmo de Kardec, não resta a menor dúvida que O Livro dos Espíritos é o portal de transposição entre dois mundos, a principal iniciação ao conhecimento espírita.

  27. Minha história com O Livro dos Espíritos é um tanto controvertida.
    Eu comecei a estudar O Livro dos Espíritos com seriedade ao mesmo tempo que ingressei no curso de Física, na UFG. Então, já comecei tendo que encarar as contradições entre o que eu estudava na universidade e o que eu lia no Livro dos Espíritos.
    Devo muito do meu aprendizado de Espiritismo a um professor espírita, o Prof. José Inácio, que muito tranquilamente tirava minhas dúvidas, me explicava as contradições que eu lhe apresentava, asserenava as minhas inquietações.
    Foi ele que me ajudou a compreender que eu estava lendo um texto do século XIX, e não um livro sagrado e atemporal. Ele me ajudou a perceber, por exemplo, que o enigmático “Fluido Cósmico Universal”, que muitos tornam ainda mais enigmático atribuindo-lhe uma sigla, o FCU, nada mais era que a antiga ideia do éter, de uma matéria elementar primitiva, da Grécia Antiga, transmutado para uma nova linguagem típica do cientificismo do século XIX. Que não havia um paralelo na linguagem atual da Física, onde, talvez, o abstrato conceito de “energia” pudesse ser um sucedâneo mais aproximado.
    Ele se desdobrou para me ajudar a compreender que a teoria da geração espontânea não fazia mais nenhum sentido frente aos conhecimentos científicos atuais, e que cometas não tinham nada a ver com mundos em formação, que era outra a astronomia daquela época, muito inscipiente em relação à de hoje.
    Portanto, meu primeiro contato com O Livro dos Espíritos já foi de questionamento. A partir daí eu aprendi a ler Kardec com um novo olhar, analítico sem ser desconfiado, crítico sem ser depreciador.
    E isso foi extremamente libertador, porque me proporcionou estudar o Espiritismo sem a prisão dos dogmas.

  28. Meu Encontro com O Livro dos Espíritos
    Meu primeiro contato com o Espiritismo foi, sem dúvida, muito marcante. Eu cursava o ensino médio em um colégio localizado ao lado de um Centro Espírita, cujo mentor espiritual era apresentado como ninguém menos que o renomado poeta e médico santista Martins Fontes. Essa informação despertou em mim uma grande curiosidade: como alguém “morto” poderia se comunicar?
    Certo dia, fomos dispensados mais cedo da escola e vi algumas pessoas entrando no Centro. Com apenas 15 anos, resolvi acompanhar o movimento e perguntar sobre aquilo que tanto me intrigava. Após algumas tentativas, permitiram que eu conversasse com a médium responsável. Por meio dela, recebi uma mensagem do espírito de Martins Fontes, que me aconselhou a estudar e, no tempo certo, buscar compreender melhor o que era o Espiritismo. Guardo até hoje a lembrança daquela conversa acolhedora e afetuosa.
    Na época, eu estava prestes a embarcar em um intercâmbio, e a rotina me afastou momentaneamente do assunto. No entanto, ao retornar, já com 17 anos, reencontrei o mesmo Centro Espírita, agora mais próximo de casa, ainda sob a orientação da mesma médium e do mesmo mentor. Apesar de a casa não contar com atividades voltadas à infância ou juventude, passei a frequentar regularmente as palestras.
    O primeiro livro espírita que li foi o romance Nosso Lar, psicografado por Francisco Cândido Xavier. As palestras da casa baseavam-se no Evangelho Segundo o Espiritismo, e a presidenta da instituição, sempre muito receptiva, abriu as portas para um grupo que necessitava de espaço para se reunir. Quando conheci esse grupo, senti uma afinidade imediata. Embora fossem mais velhos do que eu, eram jovens de espírito, e logo me entrosei com eles. Foi por meio deles que conheci O Livro dos Espíritos.
    As atividades do grupo começaram com o estudo sistematizado dessa obra fundamental, do início ao fim. Desde então, O Livro dos Espíritos se tornou uma referência constante para mim. A partir desse estudo, fui também apresentado à obra de Herculano Pires, cuja abordagem filosófica e científica ampliou profundamente meu entendimento do Espiritismo e do livre-pensar.
    Com o tempo, passei a recorrer ao livro em busca de respostas para questões próprias da juventude. Hoje, já na terceira idade, continuo a reconhecer o imenso valor dessa obra. Compreendo que os tempos mudaram, que a realidade de 1857 — ano de sua publicação — era marcada pelo pensamento iluminista e pelos debates da Paris daquele século. Ainda assim, não deixo de admirar o esforço meticuloso de Allan Kardec na construção dessa obra. Não considero O Livro dos Espíritos uma “Bíblia dos espíritas”, como alguns o definem, mas sim um verdadeiro marco na minha compreensão espiritual e filosófica. Para mim, foi — e ainda é — um divisor de águas na forma como me relaciono com o Espiritismo.

  29. Em 1963, eu tinha 06 anos, papai e mamãe receberiam visitas, na sala obras de Kardec, e mamãe estava arrumando a prateleira, pois as visitas eram católicas e família que se declarava espírita recebia esquecimento, mamãe hoje no plano quando ajustou de forma central está obra, os católicos, perguntaram porque é ela em sua singela forma disse, “minha casa, meu reino e no meu reino.as.obras são livres.” Ali bastou para mim mesmo menino aesperar poucos anos para poder ler e estudar, hoje é de cabeceira, aos 67 anos aprendi que você jamais verá a resposta de Kardec frita pelos.espiritos ter um único sentido.
    Vejam no item Heranca hoje tão debatido, penso que o LE será atual por mais de 200 anos, pode-se aprender, pode se conhecer, e sobretudo entender as águas que Rivail enfrentou a luz de velas, para nós dar este conhecer.

  30. Meu contato com O Livro dos Espíritos remonta à minha infância, nos tempos da Evangelização Infantil. Venho de uma família espírita e, desde cedo, tivemos o hábito de reservar momentos para a leitura, o estudo e as reflexões em torno dos ensinamentos da Doutrina Espírita. Essas experiências foram fundamentais para a formação dos valores que carrego até hoje.

    Ao longo do tempo, compreendi ainda mais a importância do estudo sério e constante das obras básicas da Codificação Espírita, com especial atenção à O Livro dos Espíritos, que é a pedra angular de toda a estrutura doutrinária. Publicado em 18 de abril de 1857, O Livro dos Espíritos marcou o nascimento oficial da Doutrina Espírita no mundo, estabelecendo seus princípios fundamentais e inaugurando uma nova era de conhecimento espiritual baseado na razão e na fé consciente.

    É através do estudo criterioso dessa obra que desenvolvemos uma fé raciocinada, como nos aconselha Allan Kardec, evitando interpretações apressadas ou distorcidas que não guardam fidelidade aos princípios espíritas.

    Kardec, com sua habitual clareza e método, sempre advertiu sobre o cuidado necessário na interpretação dos ensinamentos espirituais, ressaltando que a Doutrina Espírita deve ser compreendida pela razão e pela análise lógica, e não por impulsos emocionais ou visões pessoais desprovidas de base sólida. Em várias ocasiões, ele destacou que “o estudo sério e contínuo é condição essencial para se compreender e bem aplicar os princípios espíritas”, alertando que o conhecimento superficial poderia levar a equívocos graves.

    Dessa forma, o contato com O Livro dos Espíritos e o estudo atento das obras fundamentais não apenas iluminam nosso entendimento da vida e do ser espiritual, como também nos fortalecem contra desvios interpretativos, mantendo-nos alinhados com o espírito de verdade que norteia o Espiritismo.

  31. Tomei contato com o LE aos 15/16 anos, quando entrava para o grupo de jovens da casa espírita que começava a frequentar. Fiquei maravilhado com a variedade dos temas abordados: desde questões teológicas (Deus, prece, criação…), até aquelas científicas (vida em outros mundos, origem da vida, constituição da matéria, influência dos espíritos…), ou filosóficas (vida antes e depois da encarnação, progresso espiritual, justiça divina, perda de entes queridos, importância da infância…) e éticas/ morais. Tudo abordado a partir de diálogos com os Espíritos, com uma lógica verdadeiramente admirável. Era muito diferente de tudo o que eu conhecia na área religiosa. E a figura de Allan Kardec, autor, no mínimo, das perguntas e comentários tão relevantes, me pareceu gigantesca. Foi o LE, junto com o reforço de obras de Herculano Pires, que me arrebatou para o Espiritismo e seu estudo, desde então.

  32. Esse livro faz parte da minha vida desde sempre: nas reuniões de evangelho no lar na infância, no Livrinho dos Espíritos, Livro dos Espíritos para a Juventude até q, enfim, o estudo da obra propriamente dita quando fui para a Mocidade. Passamos três anos estudando-o e aprofundando-o, desde a introdução até a conclusão. Minha admiração por Kardec só aumentava a cada estudo tamanha sagacidade e bom senso diante das perguntas elaboradas aos Espíritos para compor a obra. Em algumas delas, as respostas eram menos importantes q os questionamentos. É por isso que Kardec é muito mais que o codificador da Doutrina Espírita, ele é também co-criador. Salve Kardec!

  33. Meu encontro com O Livro dos Espíritos foi na infância. Costumava fazer tarefas da escola na biblioteca de meu pai, onde sobre a mesa ficava um exemplar de capa dura que compila as obras fundamentais de Kardec ao lado de um outro volume similar da Bíblia. Julgando ser a Bíblia, comecei a ler e não parei mais, cativado pela preciosidade dos assuntos e da forma de perguntas e respostas. O conteúdo me pareceu muito familiar; o assunto, muito instigante.

  34. Nossa família passou a frequentar Centro Espírita Uberabense em 1947
    Nessa época estava com 7 anos
    Frequentei as aulas de Catecismo Espírita
    E a partir de 14 anos já utilizava a biblioteca de casa onde meus pais Dona Landa e seu Nubor criaram a nossa estante de livros espíritas
    Desde então aprendi a destacar nos estudos o nosso Livro dos Espíritos
    Principalmente porque no Centro Espírita seu dirigente, se Lilito fazia um torneio evangelic9 nos desafiando no conhecimento do Livro dos Espíritos
    Nubor

  35. Iniciei a Leitura de O Livro dos Espíritos, quando tinha 11 anos, duas vezes semana, reunia-me com minha mãe para o estudo, foi o início de O Evangelho no Lar, líamos na sequência desde a Introdução, ela lia a pergunta e eu a lia a resposta e então intercalávamos. Fato interessante é que no decorrer do estudo do livro, parecia que eu já tinha conhecimento de tudo, não tinha dúvidas sobre as respostas, tudo fazia muito sentido. Agradeço a Deus a oportunidade desta reencarnação e aos espíritos amigos que suportaram a minha família e apoiaram a minha mãe para que ela pudesse me iniciar no estudo de O Livro dos Espíritos, conteúdo que estudo e medito até hoje.

  36. Meu encontro com o Livro dos Espíritos (LE) se deu na minha juventude. Porém, a leitura que fiz foi rápida e sem muito entendimento do alcance científico, filosófico e moral da obra. Creio que, num certo sentido, eu ainda estou _me encontrando_ com o conteúdo do LE. A cada estudo, a cada pesquisa, a cada palestra ou exposição que eventualmente eu realizo, eu _encontro_ no LE conceitos e reflexões que em leituras anteriores eu não tinha percebido.

    Mas creio ser relevante mencionar que uma importante luz se fez em minha mente e que poderia ser considerada um marco, para mim, pessoalmente, de encontro ao LE, foi a leitura da obra “A Ordem Didática de O Livro dos Espíritos” por Cosme Massi. As razões para isso estão na obra. Eu recomendo.

  37. Desde a mais tenra idade, tive contato com O Livro dos Espíritos, pois meus pais realizavam reuniões em casa, e eventualmente, algumas perguntas eram lidas.
    No entanto, o que considero efetivamente como o meu encontro, aconteceu na segunda metade da década de 60. Naquela ocasião, contava eu com 16 para 17 anos, e frequentava a mocidade do Centro Espírita Friburguense, na cidade serrana de Nova Friburgo, quando o orientador distribuiu algumas tarefas, cabendo a mim fazer uma síntese da Introdução da obra em referência, para ser lida em data próxima.
    O desafio foi grande, mas o trabalho apresentado rendeu-me elogios, que recebi mais como estímulo do que como efetivo merecimento.
    Ao longo da minha vida, atuando como coordenadora de grupos de estudo, vários outros encontros se sucederam com a obra matriz da Doutrina Espírita. Posso dizer, sem medo de errar, que cada um deles é único, porque novas descobertas e novos questionamentos se me apresentam, e é isso que torna fascinante a obra. À medida em que amadurecemos e ampliamos o nosso nível de consciência, novas camadas de leituras acrescrescentamos às anteriores, e maior o nosso deleite e a nossa fruição. Livro dos Espíritos, um livro para termos sempre ao nosso alcance!

  38. Foi muito comum, desde a minha adolescência, uma vontade de escrever desmedida. As vezes, acordava de madrugada para escrever. Meus avós paternos eram católicos e vez por outra me levavam a missa. Mas, não me sentia a vontade naquele lugar. Até que num dia, com 20 anos(1981), numa viagem com minha mãe, conheci uma senhora espírita e , começamos a conversar. Fiquei curiosa com as coisas que ela me dizia. Quando voltei para Niterói, fui ao centro espírita que ela frequentava com um caderno cheio de perguntas. Rs. Lá, com , muita paciência, o então presidente do centro, hoje desencarnado, respondia pacientemente aos questionamentos que eu levava todas as semanas. Até que num dia, ele me falou sobre o livro dos espíritos. Comprei, li e não sei quantas vezes reli e estudei aquele livro. Continuo estudando e aprendendo com essa doutrina que me ensina, me acolhe, me consola, me alimenta e torna minha vida mais leve.

  39. Lá pelo primeiros anos da década de 70, eu, um garoto, hoje considerado um “nerd”, se pôs a questionar os ensinos embasados Bíblia, pois, como citava Shakespeare – “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia” – a mística e os dogmas não condiziam com o pensar, bem como não explicavam “insights” presentes em meu cotidiano, nem as vozes e visões que por vezes tinha.

    Procurando respostas, ainda dentro do catolicismo, questionava o pároco da Igreja frequentada pela família, Cônego Luiz Biazzi, figura emblemática, e saudosa, citava ele: “são mistérios de Deus, que não nos cabe contestar”, ou, “é da natureza do ser humano o questionamento”, ou, ainda, “o pensamento é como os pássaros, nasceu para ser livre”. Respostas, por vezes, evasivas por não abordarem o transcedental, por outras carregadas de sabedoria.

    A essa época, com pensamentos entre espíritos, anjos e demônios, conheci uma revista chamada “Planeta”, de conteúdo diversificado – ufologia, teorias conspiratórias, lendas, mitos e espiritualismos, que despertou interesse para conhecer mais a transcendentalidade. Através dela cheguei ao “O livro dos Espíritos”, leitura fascinante, logo na pergunta primeira, a similitude de pensamentos – Que é Deus? delineando uma inteligência suprema, causa primária, e, nas questões sucessivas, uma torrente de respostas. Empolguei-me, quis saber mais sobre as obras daquele homem chamado Kardec e as inteligências que o cercavam e assessoravam.

    Havia um centro espírita, muito perto de minha casa, hoje bem reconhecido no meio espírita, o “Centro Espírita Nosso Lar – Casas André Luiz”, onde assisti minha primeira palestra., e aquilo foi um balsamo, o vislumbre para minhas indagações, a essa sucederam-se muitas outras, algumas em tom evangélico, outras em tom educativo, quase sempre embasadas em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” de Kardec, por vezes em “O livro dos Espíritos, ou, ainda, outras obras, principalmente nas psicografias, geralmente, de Francisco Cândido Xavier, que já conhecia através da mídia e de sua participação no programa Pinga Fogo da extinta TV Tupi.

    Acheguei-me a casa espírita e fiz minha inscrição no curso de “Introdução à Doutrina Espírita” que forneceu uma visão generalizada do Espiritismo. Prossegui com “Curso Básico de Espiritismo” em 3 módulos, já no primeiro ano, apercebi a diferença entre o fundamentado na obra primeira e os chamados romances espirituais que continham uma visão mística e igrejeira tão contrária ao “O livro dos Espíritos” o que impulsionou ainda mais a sede de saber, fazendo-me lê-lo diversas vezes, afinal é a pedra fundamental do estudo do Espiritismo.

    Kardec e a Espiritualidade diziam que os Espíritos influenciam mais do que percebemos e isso é uma verdade incontestável, pelo “O livro dos Espíritos” não só tive meus questionamentos respondidos, como abriu as portas para o conhecimento da maravilhosa obra kardeciana e do mundo espiritual, aprofundando cada vez mais os estudos nesse quase meio século de convívio e atuação.

  40. O meu contato com o livro dos Espíritos, foi na casa onde eu frequento, isso faz bom tempo. Na casa estava realizando a feira do livro, e aquele livro com o título: O livro dos Espíritos me chamou atenção, pois eu tinha muito medo de alma, vou explicar melhor. Quando eu tinha oitos anos eu via pessoas que tinha falecido, nos ambientes em que eu estava, muitas vezes saia desse local ajustado. Resumindo vivia correndo pelas rua s com medo das almas. Foi através do LE tive melhor informações sobre o assunto, e com o tempo e estudo tudo ficou claro.

  41. O livro da estante!
    Há mais de 40 anos, fui visitar um amigo, vítima de suas imprudências que o tornou paraplégico, sendo que observando uma estante grande, chamou-me atenção de um único livro com capas surradas e rotas, estar ali esquecido.
    Como sendo uma atração irresistível, fui pegar o livro em minhas mãos … virei rapidamente as páginas com curiosidade, pedindo ao amigo imprudente o empréstimo para leitura, mas me deu de presente.
    Passei a ler com calma cada frase com uma alegria contaminante, pois o livro sanou perguntas íntimas… profundas …
    Vivia sob o guante da melancolia sem ter razão … vivia a depressão sem sentido … desejando por um fim em minha existência à época.
    A partir daquele momento com O Livro dos Espíritos em minhas mãos, ocorreu um processo de despertar, que até hoje não parou … continuo despertando e entendendo as emoções, sentimentos, percepções, sensações que nunca estou só … que tudo tem um propósito inteligente de estarmos …
    Isso tudo, já tem mais de quarenta anos.
    Continuarei com O Livro dos Espíritos em minha existência, pois não tenho um rabicho pra ligar na tomada de algum centro espírita e ser médium … só pelo motivo de frequentar uma casa espírita, não!
    O Livro dos Espíritos, me trouxe o desejo de estudar muito o Espiritismo, com isso, vieram os amigos encarnados e desencarnados, me informar do espiritismo laico.
    Sou profundamente grato pelos incentivos desses amigos!

  42. Eu fui católico praticante por mais de 30 anos, tendo exercido tudo quanto pude (na musica, na liturgia, catecismo, crisma, pastoral da juventude, líder de grupo de oração, etc) até que, tocando todo domingo numa missa em Rio Preto, comecei a questionar a vida, os valores e especialmente os “porquês” de eu estar ali, num gesto repetitivo e sem muito sentido, não aprendendo nada e não me tornando alguém melhor.

    Minha fé desmoronou, virei ateu completo, por mais de um ano.

    Até que, por uma dessas “coincidências” me reuni com o autor de um jingle de uma fábrica de móveis, que iria gravar com meu coral (era regente).

    Conversando, falei que sentia perfume e cheiro do fogão de lenha de minha avó que tanto amava (desencarnada).

    Ele não me disse nada, mas me levou a banca espírita que havia no centro da cidade e me presenteou com o Nosso Lar.

    Devorei o livro e muita coisa fez sentido pra mim, o que me fez imediatamente buscar O Livro dos Espíritos e estudar avidamente.

    Depois dele, todas as obras de Kardec passaram pelos meus estudos, até fiz um canal para divulgar essas obras e até hoje aprendo muito cada vez que releio OLE.

    O curioso é que lembro de, quando criança, haver um OLE na mesinha de quarto de minha mãe, com capa branca e o rosto de Kardec.. e me dava um medo danado..rsrsr.

    Mal sabia eu que Kardec já estava em minha vida e que, depois de mais de 30 anos, eu entraria de cabeça na obra dele.

    Mais uma “coincidência”..rsrsrs

  43. Não consigo me recordar, exatamente, quando foi meu primeiro contato com O Livro dos Espíritos. Ele sempre esteve por perto, numa estante da casa da minha família, desde que meus pais se tornaram espíritas — eu tinha apenas um ano de idade.
    Mas houve um episódio curioso, que me marcou e criou uma ligação especial entre mim e essa Obra, fazendo com que eu passasse a usá-la com frequência, desde então. Eu contava com cerca de treze anos, quando, num domingo, a família se preparava para voltar da casa de praia dos meus pais para a casa em que morávamos. Infelizmente, essa casa de praia era, de vez em quando, sendo alvo do infortúnio e sendo furtada nas nossas ausências. Naquele dia, tive uma ideia: resolvi esconder uma pequena televisão portátil, preto e branco, com rádio embutido — um aparelho de 5 polegadas, que meu pai havia trazido do Paraguai. Guardei a TV dentro de um móvel de cozinha, abaixo da cuba da pia, já que ele estava “encostado” num canto da casa e, em cima do móvel, O Livro dos Espíritos.
    Lembro que alguém me perguntou por que eu estava fazendo aquilo, qual era o sentido, e eu respondi que era para proteger a TV, até acharam graça. Pois bem, ficamos ausentes por vários dias e, mais uma vez, a casa foi furtada. Levaram algumas coisas. Mas, adivinhem? Nem O Livro dos Espíritos, nem a televisão escondida foram tocados. O armário permaneceu intacto.
    Minha família achou aquilo muito curioso. Acabaram me dando crédito pela ideia e por ter “salvado” a TV. Na época, achei que havia algo mágico ou místico naquele livro, que até então eu quase nunca tinha aberto. Mas, desde este dia, passei a usá-lo com frequência e, sempre que alguém demonstrava interesse pelo espiritismo, eu recomendava começar por O Livro dos Espíritos.

  44. No meu caso, foi uma redescoberta.
    Depois de anos de curso de doutrina no centro espírita fui fazer o curdo de orador/expositor e qual foi minha surpresa ao ver que pouco conhecia do OLE.
    Ao preparadar cada palestra e cada aula, uma descoberta diferente, mistificações caiam por terra e eu me perguntava como não tinha visto isso antes?
    Quanto se perde ao estudar livros com teorias esdrúxulas se ali tem tudo pra nós mostrar o quanto somos livre pra aprender e evoluir.
    O conhecimento é libertador!

  45. Era 1981. E era dezembro. O calor começava a apontar em terras catarinenses. Naquele ano eu tinha me cansado da falta de explicações razoáveis sobre as perguntas que fazia a um querido e jovem sacerdote franciscano, recebendo apenas a resposta: – Ah, isso é um mistério, meu filho! Tinha dito em casa que não iria mais à (tradicional) Igreja de Santo Antônio de Pádua, bem no coração da Ilha de Santa Catarina, Florianópolis.

    Minha saudosa mãe, olhando fixamente em meus olhos, disse: – Mas você precisa ter uma religião, meu filho. Escolha uma delas e nós te acompanharemos. Já estava, eu, de férias e nós tínhamos por hábito, no frescor da noite que chegava, dar um passeio pelas ruas do bairro em que tínhamos ido morar, no meio do ano anterior. Víamos lotes, casas em construção, pequenos comércios, quase todos fechados, numa rotina de praticamente quarenta e cinco anos atrás. Num desses passeios, vimos um letreiro “Centro Espírita Tereza de Jesus”, num terreno bem grande, onde havia, também, um asilo, o “Lar dos Velhinhos de Zulma”. Como era domingo, o Centro estava fechado, mas havia uma pequena tabuleta com os horários de atividades. Logo no dia seguinte, havia uma sessão de “palestras e passes”, às 20h. Com uns quarenta minutos de antecedência, chegamos e, como a porta estava aberta e o ambiente iluminado, com outras pessoas entrando, também resolvemos adentrar.

    Sentamos, e, numa das portas, fechada na ocasião, havia um cartaz feito à mão, convidando para um grupo de estudo sistematizado da Doutrina Espírita. E um bilhete, menor, dizendo que as atividades retornariam em primeiro de fevereiro.
    Fomos nos ambientando, ouvindo as palestras. De vez em quando minha mãe comprava um ou outro livro, geralmente sugerido pelo orador da noite ou por um dirigente. Dentre eles, figuravam exemplares das obras fundamentais e, especificamente, “O livro dos Espíritos” (OLE). Mas não foi em casa meu primeiro contato com ele.

    Chegou fevereiro e lá estávamos nós, em quatro pessoas da família, para participar do estudo. Fomos recebidos com muito carinho e dedicação pelo Coordenador, Sr. João Nunes – uma pessoa carismática e muito alegre que, depois, foi quem me “iniciou” nas palestras, como já destaquei em um artigo no ECK. Minha primeira exposição pública foi no ano de 1982, com treze anos de idade, acompanhando o “seo” João, que dividiu comigo o tempo de fala: meus primeiros quinze minutos como “orador espírita”.

    Antes disso, naquele fevereiro de 1982, os estudos eram sobre as perguntas e respostas de OLE, que eram lidas alternadamente por todos os presentes, uma para cada participante, e era possível expressar o que cada um tinha entendido, anexar exemplos de vida ou referências de outras leituras. Era um estudo “gostoso”, inclusivo, isonômico e sem qualquer autoridade. Se bem me recordo, iniciei meus estudos pelo Capítulo IX, isto é, as “Intervenções dos Espíritos no Mundo Corpóreo”. Nada mais oportuno, porque cada um de nós sentia a presença espiritual e sabia de “forças” (até então, para nós, sobrenaturais) atuando sobre os “vivos”.

    Na reunião seguinte, todos nós já tínhamos um exemplar do livro em mãos, ainda com aquela conhecida capa da Editora FEB, com o “Kardec colorido”, sendo uma cor para cada livro. O OLE era amarelo escuro, queimado, quase um ferrugem.
    O “novo amigo” passou a ser companheiro, não apenas das quartas-feiras à noite, na reunião de estudos do “Tereza”, mas de todos os dias. Passei a ler desde o início e usar o lápis para destacar uma ou outra afirmação ou palavra. E, é bom destacar, diante da linguagem mais rebuscada, clássica e de uma tradução que já tinha mais de cinquenta anos (as primeiras traduções, em edições FEB, da lavra de Guillon Ribeiro, datam do final da década de 1930, início da de 1940). Também fiz alguns apontamentos, de ideias que surgiam nos estudos em grupo, a partir de observações de outras expressões espíritas (da vasta obra de Kardec) feitas pelo “Seo” João ou pelos colegas mais experientes.

    Devo dizer que OLE deixou uma marca profunda em mim, sobretudo a partir do conteúdo da resposta ao item 459, acerca da influência dos Espíritos nos nossos atos da existência. Devo dizer que, com um avô espírita já desencarnado quando daquele primeiro “passeio” pelo bairro em que divisamos a casa branca com letreiros azuis e o nome da instituição, o “Seo” Gerenaldo, pai de mamãe, deve ter dado uma forcinha. Ele e outros amigos espirituais, inclusive os que me acompanham até hoje em dia.

    Foi a influência invisível, muda (em vozes humanas), mas fortemente presente, com afeto e desejo de instrução, que me levou a ter OLE em mãos e iniciar, ali, uma trajetória que está próxima de 45 anos de atuação. Devo o que sou hoje, não só como espírita, mas como homem, a este livro de capa com o Kardec amarelo-queimado, o fascínio por conhecer e me aprofundar nos Ensinos dos Espíritos!

  46. Eu vou como redescobri o Livro dos Espíritos,
    Foi no curso de Orador/expositor espírita.
    Depois de anos de curso de doutrina no centro espírita, percebi que não conhecia do OLE.
    Neste curso, montando aulas pra apresentar, fui me apaixonando e percebendo o quanto era importante ler, estudar e compreender essa obra para poder passar os ensinamentos sem tanta interferência.
    A cada questão fui me despindo de conceitos que nada tinha a ver com a Doutrina, me senti mais segura pra repassar esse conhecimento
    E o melhor de tudo, ser uma pessoa melhor e feliz, ao mesmo tempo preocupada em o quanto amigos e familiares estão equivocados.
    O conhecimento liberta!

  47. Conheci O Livro dos Espíritos já madura, embora achasse que já sabia muita coisa , pois aos quinze anos já tinha lido um livro muito famoso no meio espírita, pensava eu ser um bom começo, mas não foi bem assim. Ainda bem! Cheguei na casa espírita pela dor como a maioria se referia , mas não foi só a dor, havia uma vontade de saber , uma curiosidade imensa. Ao ler pela primeira vez O Livro dos Espíritos, foi como desvendar um novo mundo, como se ouvisse a Sinfonia número 9 de Dvorák (Sinfonia do Novo Mundo); a maneira como foi escrito em perguntas e respostas, facilitava a busca. E essa busca continua, tantas perguntas que fazemos ao longo do tempo, o entendimento que vai se ampliando a cada consulta ( foram e são muitas ). Respostas ainda não tenho muitas, mas a angústia de buscá-las me mantém alerta e com vontade de aprender mais, entender mais. O encontro com O Livro dos Espíritos me trouxe uma sensação de conforto , de trilhar o caminho certo, a mesma sensação da primeira cartilha ao ser alfabetizada. E isso me faz recordar Nelson Rodriguez, grande dramaturgo que dizia que devíamos ler os clássicos e revisitá-los ao longo da vida .

  48. Quando me deparei, pela primeira vez, com O Livro dos Espíritos, ele encontrou um jovem de 17 anos—velho para certas inquietações, mas ainda novo para tantas respostas. Tímido, ansioso, de humor instável—ora risos, ora lágrimas—pensamentos inquietantes me assaltavam.

    Não entendia por que um garoto, cercado por pais amorosos, irmãs e uma família maravilhosa, sentia-se tão angustiado, tão deslocado no mundo, a ponto de pensar em suicídio. Sentia uma saudade incrível, um vazio que não sabia de quê, nem por quê, muito menos como preenchê-lo, já que, aos olhos de todos, minha vida era perfeita.

    O hábito da leitura levou-me à banca de revistas e livros do velho Armando, um espírita que me vendeu um título até então desconhecido. Na capa, lia-se: O Livro dos Espíritos. Eufórico, ainda de pé no ônibus lotado, li: “Que é Deus…”

    O restante, perdoem-me a discrição, meus amigos, mas vocês já sabem. Assim foi meu primeiro encontro com O Livro dos Espíritos—ou melhor, assim foi como O Livro dos Espíritos me encontrou.

  49. Meu encontro com o “O Livro dos Espíritos” virou um texto publicado na Revista Harmonia, mas vou contar brevemente neste espaço.

    Em 2002, recém chegado em Blumenau passava por uma fase difícil.

    Eu, Cris e a minha primeira filha, ainda pequena, procuramos um local para recomeçar, como se isso fosse possível.

    A ideia era ver novas paisagens, ter novos amigos, encontrar novas oportunidades; mas algo embarcou na mudança de São Paulo para o Sul: crises de ansiedade e a tão temida síndrome do pânico, que me consumia lentamente. De repente, surgiu um abismo: o mundo ficou mais vazio, tudo era inútil diante do nada que invadia como bruma meus dias e noites.

    Encolhido nos cantos, a Cris entra no quarto e joga “O livro dos Espíritos” em minha direção: “Somente leia”.

    Foram dias e noites com o corpo trêmulo, ardendo em febres inexistentes, a ranger dentes a cada questão de Kardec e às respostas dos espíritos.

    A Inexistência da morte, a imortalidade do espírito, que somos donos de nosso destino, que podemos começar hoje, ou a cada manhã, as múltiplas existências, a força existente no propósito da vida, a conexão entre o material e o espiritual, o universo povoado por seres inteligentes da criação, bons e em aprendizados.

    Tudo ali era fonte em que eu tentava saciar minha sede de sentido, acalmar meu desespero. Dias e noites com direito a alguns insights durante a leitura, um sonho, um cochilo entre os capítulos, talvez, eu fora do corpo sobrevoando o quintal: algo novo surgia dentro de mim, advindo da necessidade de crer, mas também de saber.

    De forma resumida foi assim o meu encontro com o OLE; se você quiser ler inteiro o depoimento, acesse a Revista Harmonia – Especial O Livro dos Espíritos no link abaixo:

    https://www.comkardec.net.br/category/harmonia-abril-de-2021/