Por Marcelo Caetano Monteiro (*)
Ele veio à terra… tão suave que de tanto o ser alguns diziam, que ele não andava, volitava por entre os homens!
Já o viram sutilmente desliando os dedos pelos muros mesmo que fétidos de sua Jerusalém.
Quando sorria fazia muitos chorar por ainda sustentarem a dor dos doentes.
A tua majestade luminescente deixava cego quem já o era, mas trazia à luz quem o procurava.
Seu amor de tão sem medidas entregou-se e não fora tomado dele, pois ama até hoje e aos confins…
Dizem que nunca o viram verter lágrimas de tristezas, mas apenas vale relembrar que se existiam lágrimas eram de alegria, pelo Reino de seu Pai voltar à terra nos corações dos homens!
Houve alegria e ranger de dentes pelo teu nascimento, mas a luz triunfou, triunfou a ponto de colocarem-na numa cruz e ela se reacender mais viva que antes.
Quem o viu, nunca afirmou que ele se voltara a um pedido de ajuda. Quem o sentiu, nunca pode reclamar da falta de amor. Quem o viveu…nunca mais foi o mesmo!
Ele veio ao mundo e o mundo fingiu que não o conhecia, pois ninguém tão manso era digno de morte de cruz, ele era tão somente ovelha como as tuas irmãs!
Naqueles tempos acalmava tempestades e ainda hoje faz o mesmo para com as física e as emocionais!
Nunca houve na terra ser tão sublime como Jesus, tuas lágrimas e teus sorrisos se confundem porque nós os confundimos, uma vez que, tudo que dele provém, está imantado no mesmo distribuído e renegado amor.
A suavidade deste Mestre está na suavidade de como se recebe a tua mensagem…
Não importa a sua fisionomia, a data do seu nascimento ou menos ainda quando “morreu” importa-nos que ele NUNCA morreu, pois nos disse: – Antes de Abraão o ser eu já o era!
No templo, expulsou os vendilhões a força da sua autoridade oratória que se fez como chicote à moral desvalida de quem a mostrava neste parâmetro.
Mas este homem, meigo e manso ainda hoje passeia e canta pelas ruas do universo exaltando o ensinamento máximo: – Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!
Então o poema lírico e beneplácito dos benditos lábios de Jesus se faz carne, quando o verbo animado pelo mesmo sentido vive em cada ser.
Amigos de sempre, unidos pelos laços irmanados de Deus, ouvem sempre a canção que vem do desamado do irmão que se fez, eternizando e eternizado pelos tantos desventurados, dos amores transplantados que vem até mesmo ao encontro dos ateus.
Este ser imortalizado que amou ignorado, mas contudo hoje recolocado, nos corações adoentados, porém curados, por aqueles que se fazem amados irmãos teus…
Somente Jesus!
(*) Inspirado por Gibran Khalil Gibran.
Imagem de Walkerssk por Pixabay
Que modelo mais perfeito de ser humano nos deu Deus em Jesus, como nos revela Allan Kardec na questão 625 do Livro dos Espíritos. Ele desce do púlpito das almas grandiosas para caminhar entre os homens, em uma beleza poética inenarrável.
Que linda descrição do nosso modelo e guia.