Nossa homenagem a um velho, mas desconhecido aniversariante
[…] uma revolução nas ideias não pode deixar de produzir outra na ordem das coisas. É esta revolução que o Espiritismo prepara”, Allan Kardec, “O livro dos espíritos”, item 210.
Neste mês de abril de 2021, mais precisamente no dia 18, comemoramos 164 anos do lançamento de “O livro dos Espíritos” e, consequentemente, o próprio surgimento da Doutrina Espírita.
Sem dúvidas que “O livro dos Espíritos”, dentre as 32 publicações de Allan Kardec, é o mais importante e basilar livro da codificação espírita. Assim sendo, a Revista Harmonia não poderia se furtar em homenagear o aniversário desta extraordinária obra.
Nos artigos deste mês encontraremos relatos interessantes e emocionantes de como “O livro dos Espíritos” entrou na vida de algumas pessoas, vindo a transformar, de forma positiva, suas vidas. Convidamos aos leitores que façam uma análise dos artigos e, se possível, nos relatem também como conheceram O Livro dos Espíritos e qual a importância dele na sua trajetória de vida.
No texto de Wellington Balbo, “O livro que salva vidas”, temos uma declaração emocionante e, até certo ponto, inusitada, de uma ex-sogra agradecida ao ex-genro por apresentar-lhe “O livro dos Espíritos”. Demonstrando que a correta compreensão da doutrina contida no livro, nos coloca acima das questões pessoais da vivência carnal, a ponto de passarmos por cima de rusgas familiares. Aqui cabe ressaltar de que, segundo a lei que vigora de acordo com o código civil brasileiro, independente dos desafetos pela mãe do cônjuge, a sogra é para sempre. O artigo 1.595 do código civil afirma que “cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo de afinidade, são parentes legais”.
Já, no texto de Wilson Garcia, “Meu Livro dos espíritos me foi sugerido por invisíveis vozes”, nos extasiamos com uma saudosista descrição do seu contato inicial com o livro e como este, “assassinou” o velho homem de mente ignorante e abrasiva, ajudando-o a transformar-se e “viver” uma nova vida autônoma e questionadora.
No texto “Um depoimento: meu encontro com ‘O Livro dos Espíritos’ ”, de Manoel Fernandes Neto encontramos um relato histórico e, por que não dizer, apaixonado, de como a obra passou de um simples livro na estante – o livro pertencia a sua esposa -, para transformar-se, após vivenciar uma crise, numa espécie de bússola orientadora e salvadora. E cabe-nos aqui perguntar: quantos de nós não passamos por experiência semelhante? A experiência da transformação pela informação.
Mais pragmático, Nelson Santos, em seu artigo “ ‘O Livro dos Espíritos’, esse desconhecido”, confessa que sempre buscou a verdade existencial e leu de tudo, desde literaturas científicas, filosóficas, canônicas, apócrifas, místicas, espiritualistas etc., até encontrar nesta obra as respostas a muito dos seus questionamentos. E mais, afirma que foi a partir da resposta a questão primeira, que um novo universo, racional, criterioso e analítico se lhe descortinou. Interessante, não? Uma só questão foi capaz de torná-lo ávido em buscar novos conhecimentos neste maravilhoso livro e, consequentemente, na Doutrina Espírita.
Por fim, no texto “O Dezoito de muitos dezoitos”, escrito em conjunto por Paulo Henrique de Figueiredo e Marcelo Henrique, temos uma interessante análise contextual de que muito do conteúdo estrutural da Doutrina Espírita, tem a assinatura marcante de Allan Kardec, que, a seu tempo, verdadeiramente enxergou a dimensão extraordinária do Espiritismo. Neste sentido, “O livro dos Espíritos” deve ser encarado como a base da ciência filosófica que é o verdadeiro Espiritismo.
Encerramos esse editorial desejando que vocês leitores façam uma excelente leitura dos artigos e que, estes lhes propiciem maravilhosas reflexões.
Edson Figueiredo de Abreu e Kátia Pelli
Meu Livro dos espíritos me foi sugerido por invisíveis vozes, por Wilson Garcia
Um depoimento: meu encontro com O Livro dos Espíritos, por Manoel Fernandes Neto
O Dezoito de muitos dezoitos, por Paulo Henrique de Figueiredo e Marcelo Henrique
Excelente