Após termos comemorado, em abril, mais um aniversário do lançamento de “O livro dos Espíritos”, a pedra angular que determinou as colocações das demais pedras, que alinharam toda a construção da filosofia e ciência Espírita e do pensamento Kardeciano, trazemos aos nossos leitores o tema: Leis Espirituais: a moralidade e a ética na Doutrina dos Espíritos.
Já de início, resgatamos o artigo “A moral do Espiritismo” do saudoso Amilcar Del Chiaro Filho, em que, magistral, versa sobre as avançadas teorias trazidas pela Doutrina dos Espíritos, principalmente acerca das Leis que concernem à igualdade social e os direitos humanos.
Cristiano Torchi, por sua vez, em seu artigo “Lei de Justiça, Amor e Caridade”, enfatiza o aspecto da justiça social do Espiritismo, que deve acompanhar o progresso moral do ser humano, libertadora, igualitária, solidária e fraterna, alicerçada no amor irrestrito como ensinou Jesus.
Em “Liberte-se, mas com responsabilidade!”, Marcelo Henrique nos brinda com o ideário libertador, mas responsável de “O livro dos Espíritos”. Leva-nos a repensar nossos pensamentos perante as correntes maniqueístas, sejam elas materialistas ou espiritualistas, panoramas dogmáticos que somente encaminham ao ser às noções equivocadas ou, ainda, místicas, de uma realidade que relutam em aceitar, transpondo aos campos metafísicos uma realidade inexistente, ou, buscando justificativas metafísicas no campo da materialidade, temos a liberdade de pensamento e de arbítrio e com ela a responsabilidade de nossos atos, a qual é pessoal e intransferível.
Alexandre Fontes da Fonseca traz-nos “Das Simetrias da Natureza às Leis Morais”, abordando o aspecto científico, estabelecendo oportuna correlação entre Simetria e Leis de Conservação que a Física nos apresenta e o que isto contribui no entendimento das Leis Morais. O artigo remete-nos ao exame das semelhanças que existem entre os postulados morais e espirituais e o ser no mundo, sobretudo sobre a justiça social.
E, por último, Milton Medran Moreira presenteia-nos com “As dez leis de Kardec”, discorrendo sobre o conhecimento espírita das leis fundamentais, dentro de uma proposta humanista, progressista, laica e livre pensadora, com ênfase para a sua aplicação no contexto da justiça social. Aborda, assim, o pensamento filosófico pela Espiritualidade e pelo insigne professor ao longo do tempo, adaptando-o aos enfrentamentos que a evolução provoca, não significando que o mesmo esteja ultrapassado, mas sim atual e presente, pois jamais se perdeu qualquer de seus postulados.
O conjunto dos textos aponta para a visão completa da justiça social, como descrita em “O livro dos Espíritos”, traduzindo-se, portanto, em uma doutrina social, que os Espíritas devem, por princípio, compreenderem, pois transcendem perante a imortalidade.
Que sejamos, finalmente, Espíritos livres, vivendo e vivenciando a justiça social proposta pela Doutrina.
Nelson Santos e Wellington Balbo.
Boa leitura!
A moral do Espiritismo, por Amílcar Del Chiaro Filho (in memoriam)
Das Simetrias da Natureza às Leis Morais, por Alexandre Fontes da Fonseca
