A EdECK lança neste mês de janeiro a obra O tripé redentor: em busca da identidade do Espiritismo, de autoria de Marcelo Henrique, pesquisador e criador do Grupo ECK. Primeiro lançamento da editora, o livro já está disponível para download em formatos .PDF (no final desta pagina) e EPUB (na Amazon). A obra destaca a importância do Espiritismo laico e a necessidade de sua verdadeira compreensão como doutrina filosófica, que impulsiona o fortalecimento das democracias, por também priorizar a responsabilidade, a liberdade e as transformações individuais e coletivas como instrumentos de evolução e progresso.
Ao analisar o tumultuado momento histórico por que passa a Humanidade, o autor contextualiza com suas ideias progressistas e argumentos precisos a urgência de se adotar no movimento espírita brasileiro uma postura não religiosa com relação à obra de Allan Kardec, inaugurada em 1857, em Paris, França, com a publicação de O livro dos espíritos.
Jornalista, professor, administrador, advogado – e espírita atuante – Marcelo Henrique está à frente do Espiritismo Com Kardec (ECK), plataforma virtual que, através de várias iniciativas, tem trazido para reflexão e debate temas relacionados ao livre pensamento espírita, discutindo filosofia, ciência e política social, estabelecendo parcerias com entidades espíritas e não-espíritas.
O tão enaltecido Espiritismo progressivo se faz presente agora nesta obra de forma clara e didática.
Em O tripé redentor, Marcelo não se omite. Ao contrário, entusiasma-se no convite a uma conscientização profunda sobre o caminhar da doutrina dos espíritos.
Em seus capítulos, é realizada uma análise crítica da história e da proposta do espiritismo, enaltecendo-se seus comprometimentos no Brasil, revelando que, do século 19 aos dias de hoje, o que se nota é que ainda para muitos trata-se de uma questão de “seita” ou “crença”, quando na verdade é uma ciência filosófica que precisa – e deve – estar aberta ao diálogo social.
Tendo em vista o grande desafio de manter-se contemporâneo, o Espiritismo, segundo Marcelo Henrique, precisa estar atento às necessidades humanas, sem preconceitos ou ranços dogmáticos.
Em O Tripé Redentor, o autor busca justamente a identidade da Filosofia Espírita, propondo que laicismo, democracia e Kardec caminharão juntos, desde que o Espiritismo esteja desprovido de costumes e insistências religiosas inadequadas.
Para Marcelo, a errônea visão do Espiritismo como mais uma religião instituída acabou por “envelhecer “a grandiosa obra de Allan Kardec, o que veio a transformar a maioria das casas espíritas em locais de queixumes e conduta igrejeira, salvacionista, exterior, perdendo-se a grande oportunidade de entendimento e vivência para o progresso espiritual através do incentivo ao estudo e prática de ações particulares e coletivas para a tão desejada transformação da Humanidade.
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Resumo
“De 1857 a 2022, a Doutrina dos Espíritos atravessou um longo percurso. Os dias atuais ainda consagram o Espiritismo como uma religião, assim considerada pela maioria de seus adeptos e simpatizantes. Kardec previu, na esteira do tempo, a superação do período religioso espírita, a partir do amadurecimento de seus praticantes, com a ênfase a questões relacionadas à filosofia e à ciência, alcançando-se o Espiritismo Laico. O cenário social, na Idade Contemporânea, consagra a democracia como o mais adequado modelo sócio participativo e político. Na maturidade, se anuncia o surgimento de uma nova geração de espíritas, kardecianos, laicos e democráticos, que estarão comprometidos com a discussão teórico-filosófica e com a vivência prática, em termos individuais e coletivos, projetando e construindo a civilização futura”. (Marcelo Henrique, autor)
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Muito boa esta iniciativa porque de uma vez por todas temos que inserir nos conceitos da humanidade que somos espíritos universais e que nossa felicidade depende de conceitos libertadores sem aprisionamentos posturais e seguindo apenas o conceito “Amar o próximo como a si mesmo” respeitando limites e desapegando das coisas que nós limitam.
Um projecto que vem preencher uma enorme lacuna. O Espiritismo precisa de ser ele próprio e não o dos romances mediúnicos, alguns muito belos e com grandes ensinamentos morais, mas fruto da visão única do espírito que o ditou mas com muito pouco do que a Espiritualidade ditou a Kardec. Já estamos no tempo de dar a conhecer a verdadeira essência do Espiritismo a mudança faz-se necessária. Votos de muito sucesso para este novo projecto.