Marcelo Henrique
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Nasceu Jesus! E que ele seja a inspiração para nosso progresso!
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Emanuel – com um “M” – é um dos nomes utilizados pelos profetas da Antiguidade e, depois, pela Cristandade, isto é, os cristãos de diferentes igrejas, para simbolizar aquele que recebeu o epíteto “Cristo”, na fábula sobre o “filho de Deus”. Emanuel quer dizer “Deus conosco”.
A simbologia contida no nome corresponde, na dogmática religiosa, ao mistério da Santíssima Trindade e representa a personificação una de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Para este enredo, Jesus é a presença, entre os homens, do Criador do Universo.
A lógica espírita, todavia, se distancia de tal silogismo e remete-nos à ideia de que Jesus (Yeshua), filho de José e Maria, constitui um dos Espíritos mais “perfeitos” que já encarnou na Terra, consoante a referência dada pelas Inteligências Invisíveis a Kardec, na questão 625, de “O livro dos Espíritos”. Acerca de qual seria o modelo e guia para a Humanidade (da Terra), disseram: “Vede Jesus”.
Na interpretação espírita, o codinome “Emanuel” até pode ser correlacionado ao Mestre de Nazaré, desde que o termo signifique a “presença” do amor e da misericórdia divinos entre nós, considerada a Pedagogia de Jesus como a mensagem das Verdades Espirituais para a implantação (progressiva) do “Reino dos Céus” neste planeta, com justiça e paz.
Assim, para a Doutrina dos Espíritos, não há como ver Jesus como “Salvador” – já que não há ninguém a ser salvo de nenhuma condenação (original), sendo os Espíritos responsáveis por seus atos, na cátedra do “a cada um segundo suas obras”.
O Espiritismo se vale dos ensinos, dos feitos e das palavras de Jesus – não todas as que estão em “O Novo Testamento”, já que elas sofreram a influência da liturgia religiosa – num trabalho racional de aproximação da letra dos Evangelhos com o espírito (essência) que há nas mensagens.
É Natal, novamente… “En Natus Est Emanuel” (Nasceu Jesus, Deus-conosco). Que ele possa renascer, neste dia e nos demais, quando fizermos “a um desses pequeninos” aquilo que desejaríamos fazer a Jesus, se ele estivesse, em “carne e osso” no nosso cotidiano…
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