Milton e a sua (nossa) Opinião: artesão das palavras, malabarista entre vertentes, kardeciano na veia!

Tempo de leitura: 11 minutos

Por Marcelo Henrique

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“Podem me prender, podem me bater

Podem até deixar-me sem comer

Que eu não mudo de opinião”

(“Opinião”, Zé Kéti, 1964).

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Opinião e Opiniões

Quando o genial José Flores de Jesus (1921-1999), o nosso Zé Keti compôs “Opinião”, estávamos vivendo, em termos de país, o início dos anos de chumbo. E o povo pobre, por vezes marginalizado, de roupas simples, lutando pelo pão de cada dia, era o alvo preferido das forças de repressão. Assim como intelectuais, políticos, artistas… E o samba-canção, genuinamente brasileiro, ricamente instrumentalizado em um arranjo magnífico, era um jocoso brado contra a incompreensão vigente. Verdadeiro, como um lamento. Inteligente, como um erudito protesto. Transformador para as consciências já despertas e as em despertamento.

A trajetória do “Opinião” (periódico oficial do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre – CCEPA) que neste agosto completou seus trinta anos de circulação (número 331) não se restringe a 1994. O jornalista e jurista Milton Rubens Medran Moreira, seu editor, já havia incursionado por outras plagas em terras gauchescas, com a caneta a prumo, com o lenço, a boleadeira e o laço para, respectivamente, secar suor e lágrimas pertinentes ao fatigante labor, afastar com altivez e sabedoria nas palavras os opositores dogmáticos e lacear os bons e oportunos temas, para dar-lhes uma interpretação lógico-racional de bom senso.

Medran, o regente, o instrumentista, o vocalista

Medran, o “negrinho” (apelido carinhos em terras sul riograndenses e, até hoje, a forma como sua esposa Silvia o chama) nasceu em Dom Pedrito (RS), em 11 de janeiro de 1941, tendo pois, 83 anos e residiu, desde os dezoito em Porto Alegre, capital do Estado, já tendo experiência jornalística no rádio – como eu. Bacharel em Direito (1973), iniciou na advocacia e foi aprovado em concurso público para Promotor de Justiça em dezembro de 1975. Apesar de começar a ler “O evangelho segundo o Espiritismo”, presente de uma cliente, em maio de 1974, foi na cidade interiorana de Bagé que Milton realizou a sua primeira palestra espírita – pois lá estava designado como promotor entre 1978 e 1982. Promovido para a capital, passou a frequentar habitualmente a Sociedade Espírita Luz e Caridade (hoje, Centro Cultural Espírita de Porto Alegre) e a Federação Espírita do Rio Grande do Sul (Fergs), como colaborador em diversas atividades.

Sendo “gauche” na vida, a la Drummond, Milton foi às letras. Só que os “anjos tortos” que “viviam na sombra”, inspiradores das composições drummonianas, em Medran eram os Espíritos em sintonia e na luz do conhecimento espiritual… Estando eles, os Espíritos, em toda a parte e baseado na lei de afinidades, em prol dos mesmos propósitos, o trabalho do jornalista foi sempre enriquecido pelo intercâmbio (mental) com os Bons Amigos Invisíveis.

Nosso editor (mas igualmente diagramador, ilustrador, redator, repórter e articulista) também foi inspirado pelo movimento capitaneado pelo inesquecível Jaci Régis (“Espiritização”, 1978), também jornalista além de psicólogo, e pelo projeto de orientar o movimento espírita gaúcho, nas gestões do saudoso Maurice Herbert Jones (entre 1977 e 1983) e de Salomão Jacob Benchaya (1984-1987). Na área da comunicação social espírita foi, então, responsável por dinamizar o diálogo ENTRE os espíritas e, também, com a sociedade. E a revista “A Reencarnação”, em julho de 1984, sob sua batuta editorial (ao lado de Aureci Figueiredo Martins e Jorge Luiz dos Santos, além do próprio Maurice), logrou um salto de qualidade na abordagem dos temas espiritistas e na perspectiva de abrir (e não fechar) questão sobre os assuntos mais polêmicos. Ilustram este viés os Editoriais (e as Capas), assim como matérias neles encartadas, das edições números 400 e 402, de julho de 1984 e outubro de 1986: “O tripé doutrinário está quebrado?” e “Espiritismo: Ciência e Filosofia. Até que ponto religião?”, ambos em alusão à constituição e estrutura da Doutrina dos Espíritos em termos de filosofia e ciência, jamais sendo uma religião.

Os da contracultura espírita

Os brados jornalísticos de Milton Medran Moreira (MMM) eram, então, junto aos de Regis, os que ecoavam para os que se sentiam desconfortáveis diante da “igreja espírita brasileira”. Aquele tom nas falas, reportagens e matérias da imprensa espiritista brasileira – e o discurso institucional das federativas estaduais e da nacional (FEB) – incomodavam quem pretendia exercer o direito ao livre pensamento e à livre expressão. A laicidade espírita, assim, que já se visualizava desde antes na entidade continental – a então Confederação Espírita Pan-Americana (CEPA), hoje Associação Espírita Internacional, presidida pelo venezuelano Jon Aizpúrua – fincava seus pilares entre os representantes (ainda alinhados ao federalismo espírita tupiniquim) de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Ambos os loci estaduais, portanto, eram laboratórios fervilhantes e efervescentes de boas ideias, além de estufas produzindo – a cem por um (como disse a parábola do Magrão) – frutos de sabor diferente, como se a inspiração legitimamente kardeciana, tivesse plantado sementes idênticas as pioneiras, francesas, em solo pátrio. Os 80, assim, foram pródigos em apresentar aos brasileiros um Espiritismo “diferente” do concebido a partir sobretudo do “Pacto Áureo” (1949), bem como em produzir intelectuais de fôlego, estofo e produção.

Milton, Jaci e Jon, assim, também “inventaram” eventos totalmente diferentes dos até então existentes nos meios espírita nacional e íbero-americano – estruturando a contracultura espiritista. Ao invés de grandes congressos, em locais luxuosos e com ingressos altos, com o desfile de “autoridades” (médiuns, dirigentes e escritores febeanos), congressos como Kardec desejou e sugeriu, nas suas recomendações ao movimento espírita do século XIX: eventos de livres debates, de apresentação de teses e contrateses, de submissão de novos conceitos e a avaliação de novos princípios a serem agregados ao “edifício” filosófico. Neles as mesas redondas, os painéis, os pinga-fogos, marcantemente compostos pela efetiva participação do público, na forma de questionamentos e comentários, dava o tom do prenúncio do Espiritismo do Século XXI.

Eu e Medran, Medran e eu

Voltando ao trovador pedritense, devo dizer que o conheci justamente pelos artigos em periódicos espíritas, quando, também editor da Harmonia (imagem ao lado, hoje Revista Eletrônica Espírita, mas, à época um singelo “boletim informativo” de uma juventude espírita, em São José – SC), passei a me corresponder com periódicos espíritas brasileiros (e alguns internacionais), recebendo gratuitamente as edições em meu endereço residencial. Depois, em meados da década de 80, por meio de notas ou referências, neles, cheguei ao “Opinião” – não sem, antes, conhecer a “possante” pena escrevente de Milton nas páginas (ousadas e transformadoras) de “A Reencarnação” (Imagens nesta pagina), bem como em inserções constantes no “Abertura”, do Instituto Cultural e Kardecista de Santos (ICKS), de Jaci. Depois conheci a CEPA no âmbito da Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo (que integrei por três décadas, depois de ter sido delegado da Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas, Abrajee), em um evento da Associação de Divulgadores do Estado de São Paulo, então presidida pelo saudoso amigo jornalista Éder Fávaro, dialogando com o Ministro Ademar Arthur Chioro dos Reis, então dirigente panamericano, na metade da década de 90. Ele me fez chegar a Medran, de forma dialogal e, depois, presencial. A simpatia recíproca e o desejo de me associar à empreitada livre pensadora, me tornou delegado da CEPA para a grande Florianópolis e, depois, membro do seu Conselho Executivo, por dois mandatos sequenciais, sob a presidência do gaúcho.

A proximidade fraterna e ideológica nos levou, eu e Júlia Schultz, minha esposa, a convidar o casal Medran para ser padrinhos de nosso casamento, em 2006 (foto abaixo). Para nossa imensa alegria!

O epílogo do Mestre

Mas… Eis que MMM encerra no auge sua trajetória no Opinião CCEPA, como ele mesmo afirmou em carta do Editor no finalístico número, citado no preâmbulo deste ensaio: “Saber a hora de parar” (Veja ao final o texto completo). Auge porque ninguém como Milton soube decifrar os temas da atualidade planetária que transpassam o conhecimento espírita, e vice-versa. Poucos foram – ou são – aqueles que entendem a filosofia espírita com profundidade, na exata conciliação entre as 32 obras do Professor francês. E raros os que, tendo conhecimento e sabedoria para duelar visões sem violentar pessoas, esgrimir ideias sem ferir os partícipes, apresentar pontos de vista sem menosprezar aqueles que ainda não entendem da mesma maneira certas temáticas. Mesmo sendo um Dom Quixote das letras espíritas, sabendo que são poderosos os moinhos de vento, prefere perfumar os ambientes com ideias-sementes que possam vicejar, como na Parábola do Semeador (do Magrão), em solo propício.

E as reencarnações tanto nos mostram que solos ásperos, áridos e pedregosos vão se tornando, pouco a pouco, ambientes favoráveis ao florescer e frutificar…

Quando posso, uso a música – como na abertura deste artigo – para adornar meus textos. Vou me valer de um dos maiores intérpretes da nossa MPB, o “rei” Roberto Carlos, para lembrar que, no “até logo” de Medran – porque ele mesmo afirmou (leia abaixo) que continuará a escrever sua coluna “Opinião em Tópicos” (que o consagrou como pequenas doses de reflexão e pertinência): “Já está chegando a hora de ir / Venho aqui me despedir e dizer / Em qualquer lugar por onde eu andar / Vou lembrar de você / Só me resta agora dizer adeus / E depois o meu caminho seguir / O meu coração aqui vou deixar / Não ligue se acaso eu chorar mas agora adeus / Só me resta agora dizer adeus” (Despedida, 1974, parceria com Erasmo Carlos).

Sim, Medran, é hora pra você e pra nós dizermos adeus. E, creia-me, há uma teimosa lágrima correndo pelo meu rosto. De saudade. De não estar mais diante do Opinião, em totalidade, ainda que possamos gozar por mais tempo de sua (abalizada e qualificada) opinião em termos de Espiritualidade, Espiritismo e Vida Planetária.

Com Medran, estamos diante daquele que é artesão das palavras, malabarista entre vertentes, kardeciano na veia!

Ora, Gaudério, te apruma porque logo, logo, eu e Julinha, minha esposa – nós que somos afilhados de casamento de você e da Silvia –, apareceremos em tua aconchegante sala para uma prosa e um mate…

O Espiritismo e o movimento laico, progressista, livre pensador, humanista e genuinamente kardeciano, te reverenciam!

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JORNAL CCEPA OPINIÃO DEIXA DE CIRCULAR

O jornal “CCEPA Opinião”, que, por 30 anos consecutivos, editei para o Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, está deixando de circular. Em seu lugar, aquela instituição publicará, mensalmente, um blog em seu portal eletrônico, divulgando artigos de seus membros e colaboradores.

Reproduzo, a seguir, a carta que publiquei na primeira página da última edição daquele jornal.

 

Carta do Editor

SABER A HORA DE PARAR

Há exatos 30 anos, quando publicávamos pela primeira vez nosso “Opinião”, a pretensão do CCEPA não era outra que não apenas disponibilizar um boletim de comunicação dirigido a nossos associados e um pequeno círculo de amigos.

Fazer um jornal, ou mesmo um boletim impresso, na época, era algo complicado. Os meios eletrônicos recém haviam surgido. Encarregado pela direção da Casa de editar o seu órgão oficial, eu ainda não dispunha sequer de um computador pessoal, recurso que poucos já utilizavam. Quem o possuía, normalmente era com fins profissionais. Meus textos eu os rascunhava a mão, para, depois de revisá-los, datilografá-los cuidadosamente.

Para possibilitar a edição do mensário, um jovem casal que, então, frequentava o CCEPA dispôs-se a colaborar. Eles se encarregariam de digitar em um computador os textos previamente datilografados por mim, devolvendo-me, pessoalmente, para a revisão final e o encaminhamento à diagramação e à gráfica. Tudo isso se fazia por meio de contato pessoal. Não dispúnhamos ainda sequer do correio eletrônico. Gravava-se em um disquete e se levava pessoalmente ao destino.

Recordo que, numa revisão que fiz de um dos primeiros números do “Opinião”, observei que uma determinada frase, originariamente grafada por mim em itálico, houvera sido digitada em fonte normal. Fiz a observação aos colaboradores, dizendo-lhes, no entanto, que, se fosse muito trabalhoso proceder à alteração das letras, que deixassem assim mesmo. Julgava eu que isso implicaria em nova digitação de todo o texto, como ocorria com peças datilografadas. Fiquei admirado quando me disseram que a providência era facílima: o computador tinha um recurso que permitia formatar novamente só aquela frase, com um simples apertar de botão. Oh, que avançada tecnologia, desconhecida ainda deste velho datilógrafo!

Quanta coisa mudou na área de comunicação, nesses 30 anos! Não apenas pelos recursos técnicos disponibilizados, mas, especialmente, pela multiplicidade de mídias a serviço da comunicação e ao alcance de todos. Muitos jornais e revistas deixaram de circular. Outros passaram a ser editados exclusivamente no formato virtual. Foi o caso do nosso “CCEPA OPINIÃO”. Sua pretensão inicial de ser apenas um boletim de comunicação já, havia muito, evoluíra para a condição de um jornal, por muitos tido como um autêntico porta-voz do movimento laico e livre-pensador do espiritismo.

As gerações mais novas dificilmente leem jornais, mesmo nas suas versões digitalizadas. Informam-se por mídias eletrônicas mais dinâmicas, acessadas em seus celulares. A imagem, mais que a palavra, ou, preferencialmente, ambas sincronizadas em vídeos produzidos com recursos que a inteligência artificial, a partir de agora, vai deixando cada vez mais atraentes do que um texto de jornal, comandam a comunicação de nossos dias. As crianças de hoje parece já nascerem sabendo dessas coisas que se tornaram difíceis para nós, mais velhos

No meio espírita, especialmente no âmbito do espiritismo progressista em que estamos inseridos, a comunicação se dinamizou com a larga utilização de meios eletrônicos. Conferências on-line, grupos de discussão, lives, congressos que se realizam virtualmente… Enfim, a tradicional imprensa escrita vai cedendo, pouco a pouco, seu lugar aos meios eletrônicos. Eles são mais dinâmicos. Permitem a utilização simultânea de sons e imagens cada vez mais sofisticados e atrativos.

Foi observando essa dinâmica dos novos tempos que este velho jornalista, há cerca de dois anos, quando já superara os 80 anos de vida, entendeu de comunicar à instituição que o honrara mantendo-o como editor de seu jornal por três décadas, que cessaria essa atividade, quando CCEPA OPINIÃO atingisse 30 anos de vida. Já não se sentia em condições de acompanhar as rápidas mudanças das técnicas contemporâneas de comunicação e mesmo de acesso às suas fontes.

Há que se saber a hora de parar. A instituição que, há 41 anos, abriga este seu servidor hoje conta com jovens talentos, capazes de produzir sua comunicação com mais habilidade, servindo-se de meios mais modernos e que melhor falem às novas gerações e atinjam maior número de pessoas.

Próximo de completar 84 anos e já com 40 de jornalismo espírita, desempenhado por alguns anos na Federação Espírita do Rio Grade do Sul, onde tive a honra de dirigir a importante revista “A Reencarnação” e fundar um boletim mensal até hoje distribuído entre as entidades federadas – o “Unificador”-, estou fechando esse ciclo. Continuarei escrevendo artigos para revistas e jornais espíritas, mas, agora, sem o peso da responsabilidade de ser o porta-voz de uma instituição. Minha coluna “Opinião em Tópicos” estará presente todos os meses no portal do CCEPA e também no jornal “Abertura”, de Santos.

As 331 edições deste jornal que, sem nenhum atraso e interrupção, dirigi e editei por 30 anos, seguirão disponíveis no site do CCEPA. Será um modesto legado a testemunhar um período histórico de importantes transformações e de inegáveis progressos do pensamento espírita, do qual este jornal foi partícipe e intérprete.

Fica o agradecimento a leitores, colaboradores e estimuladores. Muitos companheiros de ideal nos prestigiarem como assinantes, enquanto o produzíamos também no formato físico, o que ocorreu até dezembro de 2021. Uns poucos, abnegados e anônimos, contribuíam mais do que com a assinatura, como benfeitores financeiros. Gratidão especial a três nomes que integraram a equipe editorial deste jornal: Maurice Herbert Jones (in memoriam), que, inclusive, foi seu diagramador, por algum tempo; Salomão Jacob Benchaya, colunista e atento revisor, juntamente com Néventon Vargas. Este último, mesmo radicado em João Pessoa, na última década, à distância, deu decisiva contribuição à feitura deste periódico.

Quanto a mim, modesto escriba, depois de 50 anos produzindo, em décadas anteriores,  por força de profissão, peças jurídicas e, um pouco depois, por diletantismo e amor ao espiritismo, artigos doutrinários e alguns livros, agora, pretendo produzir coisas mais leves.  Neste entardecer da vida, tenho me dedicado à feitura de pequenas trovas poéticas.  Sempre fui um admirador do gênero da trova literária. Mas pouco tempo tive para me dedicar a compô-las.  De uns dois anos para cá, me propus esse desafio: glosar em verso os acontecimentos do Brasil e do mundo. Assim, a cada dia, com o rigor exigido pelo gênero, faço e publico uma quadrinha heptossílaba que, de alguma forma, expresse minhas impressões acerca deste conturbado tempo. É um hobby e, ao mesmo tempo, um exercício mental que me mantém atualizado.

A propósito, dias atrás, diante da insistência de um certo líder político mundial, em permanecer na vida pública, quando já ultrapassara os 80 e apresentava alguns sinais de decrepitude  – e ele tem menos dois anos que eu –  produzi e publiquei em minha página de Facebook esta singela trova, que a mim se aplica inteiramente:  “A cada um chega o dia / De em casa ficar quietinho, /  Gozando da autonomia /  De os erros curtir sozinho. ”

É o que vou, preferencialmente, fazer daqui para frente, permitindo-me, de quando em vez, cometer algum soneto, obedecendo, igualmente, os rígidos parâmetros do gênero, ou pequenas outras reflexões poéticas em estilo mais livre.

Um pouco de poesia, nesta quadra da vida, há de fazer bem à minha alma, depois do modesto, mas sério, trabalho que dediquei a uma causa que me é tão cara! Afinal, como escreveu Vinicius de Moraes, “a poesia é a mais humilde das artes” e “para o poeta a vida é eterna”.

Obrigado!

Milton Medran Moreira – Editor do jornal CCEPA OPINIÃO que hoje publica sua última edição.

Written by 

Postagem efetuada por membro do Conselho Editorial do ECK.

6 thoughts on “Milton e a sua (nossa) Opinião: artesão das palavras, malabarista entre vertentes, kardeciano na veia!

  1. Marcelo, estimado afilhado, obrigado por esse colorido que teu pincel de amigo dá à modesta trajetória deste servidor do espiritismo livre-pensador. Fico extremamente lisonjeado. Encerro uma etapa de minha vida, que esteve centralizada na tarefa de editar o Opinião, do CCEPA, gratificadíssimo pelas amizades que conquistei, nessa vivência, dentre as quais estão você e a Julinha. Valeu, amigo. Sigamos a caminhada. O trabalho ainda está no seu começo!

  2. Milton Medran Moreira, sua poesia não há de fazer bem apenas a sua humilde alma. Fará bem a todos os corações sedentos de amor, esperança e por que não dizer, de sabedoria. Você foi um presente que a pandemia me trouxe. Como foi bom ter conhecido alguém que além de estudioso dessa doutrina que tanto me encanta, consegue transitar entre os vários espiritismos com uma elegância digna de reverência. Gratidão, querido Milton Medran.♥️

  3. Querido Marcelo, al leer tu hermoso y bien redactado texto no puedo menos que sentir una intensa emoción.
    Suscribo en su totalidad este lindo y merecido homenaje a nuestro admirado Milton Medrán, un gigante del pensamiento espírita contemporáneo. Has comprendido perfectamente que no hay porqué esperar que algunos de nuestros líderes espíritas desencarnen para hablar de sus méritos. Me encanta que, encarnados, reciban el testimonio de nuestro afecto, reconocimiento y admiración.
    Gracias Marcelo. Salve Milton !

  4. Parabéns Marcelo Henrique! Fizeste uma justa homenagem ao amigo Milton Rubens Medran Moreira, teu padrinho e da Júlia. Felizmente ele não vai parar, apenas vai mudar o formato de expressar suas ideias – agora, também, em forma de trovas. Seguirá escrevendo a coluna “Opinião em Tópicos”. Ainda bem, amigo Medran, continuaremos tendo o privilégio de suas análises críticas pontuais, embasadas no pensamento genuíno de Allan Kardec fundado na filosofia espiritualista espírita. Obrigado, Milton e seus companheiros pelos 331 números do jornal CCEPA OPINIÃO.
    Um grande abraço a todos!

  5. É uma belíssima homenagem, Marcelo Henrique, ao nosso querido amigo” Miltinho” , assim, carinhosamente chamado, por alguns amigos do Ccepa. Mas como bem disse Homero, não vai parar, apenas vai trocar o formato de expressar suas ideias. Temos certeza, ainda teremos por muitos anos o privilégio de nos beneficiar com a escrita desse poeta escritor, chamado ” Milton Rubens Medran Moreira ” Obrigada amigo.

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