O Futuro em Penas e Gozos, conforme o Espiritismo, por Maria Cristina Rivé e Marcelo Henrique

Tempo de leitura: 10 minutos

Maria Cristina Rivé e Marcelo Henrique

As estações do ano se sucedem em seu ritmo imponente. O inverno é o sono das coisas; a primavera é seu despertar. O dia alterna com a noite; o repouso vem após a vigília; o Espírito sobe às regiões superiores, para, depois, descer novamente e retomar, com mais forças, a tarefa interrompida (León Denis, “O problema do ser e do destino”, p. 315).

À medida que se desenvolve o conhecimento espírita, num amplo sentido, compreendendo leitura, reflexão, estudo e aplicação prática, sequencial e conjuntamente, fica difícil distanciar-se dos postulados dos reconhecidos autores espíritas clássicos – embora tais sejam desconhecidos do grande público que se diz espírita e, pasmem, dos dirigentes, expositores e articulistas em geral, no meio espírita. Referimo-nos aos incansáveis continuadores da Ciência Espírita, com o devido brilhantismo de suas ideias, as quais tão fortemente calam naqueles que se dedicam a estudar a Filosofia Espírita.

Dessa forma, exemplificativamente, quando se reflexiona sobre a “Duração das Penas Futuras”, conforme exposto em “O livro dos Espíritos”, itens 1003 a 1009, é quase impossível deixar de fazer um paralelo entre o pensamento de São Luís, Santo Agostinho, Lamennais, Platão, Paulo e a análise segura de Allan Kardec – pois ele é inteligente e perspicaz em contribuir efetivamente com o conteúdo espírita originário, como autor de todas as (suas) 32 obras, deslocando-se da visão obtusa de que seria, ele, um mero codificador ou “secretário” das Inteligências Invisíveis, com o de Léon Denis em seu “O Problema do Ser e do Destino”.

Assim, sem querer plagiá-lo, traz-se as considerações de Denis, a fim de tornar o texto leve e didático, mesmo porque, na atualidade, se tem uma busca frenética pelo prazer, pela felicidade instantânea e constante. Assim, é essencial enxergar a dor como a condição maior de libertação do Espírito, que decorre de suas experiências e escolhas, jamais sendo, à luz do Espiritismo, considerada como punição em relação a erros cometidos no passado, tampouco a sacrifícios em nome da crença, fé ou ideologia a qual o indivíduo esteja (presentemente) vinculado.

Merece ser dito que, não sendo, nenhum dos encarnados, uma “página em branco”, cada um reúne os conhecimentos e as vivências das encarnações sucessivas para moldar o entendimento atual. Deste modo, diante da proximidade com dadas correntes filosóficas e religiosas, no curso das experiências pregressas e atual, é comum encontrarmos em destacado número pessoas que se dizem espíritas, frequentam  grupos e instituições, dizem estar se aprofundando no conhecimento espiritista, mas sua conduta, entendimento e verve ainda mantém traços da ligação com outras práticas e conceitos, distorcendo aquilo que a Filosofia Espírita conceitua como dor, por exemplo.

Necessário também frisar que, em uma rápida busca por palavras e expressões correntes no meio espírita, como lei de ação e reação, karma, caminho da (pela) dor, entre outras, não é possível encontrá-las nas obras de Kardec, justamente porque elas correspondem a conceitos alienígenas, presentes em outras filosofias, teorias ou religiões, não guardando qualquer correlação com a lógica racional espírita.

O esforço feito pelas Inteligências Invisíveis – lembrando, no entanto, que o “estar desencarnado” e entrar em comunicação com os encarnados não pressupõe nem ciência nem sabedoria, tampouco pureza ou superioridade completa, razão pela qual se torna essencial avaliar as informações trazidas pela via mediúnica – e, também, pelos estudiosos e especialistas em áreas do conhecimento humano e na própria Doutrina dos Espíritos, vinculados ao meio espírita, é hercúleo e permanente para buscar modificar o pensamento de culpa, de pecado, de pagamento de faltas cometidas, de sofrimento, de medo, todos estes correlacionados com os propósitos de manter a dominação e cooptar/manter seguidores (cegos) a determinadas teorias. Com isso, retarda-se o passo no sentido do esclarecimento e do progresso e, por consequência, tem-se o retardo da (necessária) renovação ética do Planeta.

Denis, cognominado como “Apóstolo do Espiritismo”, na obra em comento, sobretudo por meio de seu estilo poético, faz um parâmetro entre a vida e a morte através da observação da Natureza, essa é um livro à disposição de qualquer um, desde que se disponha a estudá-la.

Como o caminhar da Natureza é natural, em um pobre trocadilho nosso, a relação existente é a de que, se “o inverno é o sono […]; a primavera é seu despertar”, remetendo ao incansável ciclo a que está submetida a Criação. O trabalho é uma lei inexorável, constante, progressiva. Todavia, o descanso, a recuperação de forças, o ócio, também o são, como poeticamente o filósofo francês, em linguagem conotativa, tratam do inverno e da primavera.

Tudo vive e morre para renascer e, no renascimento, o mote é o de se aperfeiçoar, evoluir fisicamente e progredir espiritualmente. Se o Criador nos “deu” a morte é porque, antes, nos legou a vida. Se a vida é, filosoficamente, o Bem, a morte também o é, como faces de uma mesma moeda, como correspondentes na trajetória ascensional do ser, nos encontros e despedidas (Nascimento; Brandt, 1985) das existências sucessivas. Para o Espiritismo, o instante da morte nos proporciona o amplo conhecimento sobre o Ser, isto é, a individualidade espiritual plena, sem as barreiras que o vaso físico nos limita. Nesta ocasião, cada Espírito pode analisar o seu trajeto, de quando esteve recentemente na matéria e associá-lo às vivências pregressas, avaliando, assim, o seu progresso (possível e real).

Mas, e quanto à dor? Como encara, a Filosofia Espírita, as dores físicas e espirituais? Dor e sofrimento são a mesma coisa?

Ensina-nos o Espiritismo que a dor é um reflexo, uma consequência, um resultado, decorrente de ações/omissões do indivíduo. Quando dialogando com as Inteligências Invisíveis, Kardec formulou a teoria (espiritual-espírita) da prova e da expiação, a qual, constantemente, também é objeto de muita confusão e falsas afirmações daqueles que se dizem espíritas. Provas e expiações é a categoria de mundos habitados em que a Terra, presentemente se encontra, já tendo superado a fase primitiva e destinando-se, logo adiante, à de regeneração (espiritual). Provas e expiações – ao lado das missões – são os elementos característicos da atual existência física (material, encarnada) de cada um de nós.

O conceito “lato sensu” de prova integra a resposta ao item 166, de “O livro dos Espíritos”, que considera a encarnação como a prova para a submissão do Espírito à lei de progresso. Existindo, isto é, vivendo na forma encarnada, estamos provando (a nós mesmos) se estamos aptos (ou não) para alcançarmos “dias melhores” e, com isso, reduzindo a quantidade de dores (infortúnios, dificuldades, privações) presentes no cotidiano. Já a definição ampla de expiação, como reparação de atos pretéritos mediante as vicissitudes da vida, conta do item 399, da mesma obra.

Mas é na “Revue Spirite”, dialogando com o Sr. T. T. acerca da expiação e da prova, que o Professor francês desfila toda a sua sabedoria e configura a teoria espírita correspondente:

A expiação implica necessariamente a ideia de um castigo mais ou menos penoso, resultado de uma falta cometida. A prova implica sempre a de uma inferioridade real ou presumível, porque o que chegou ao ponto culminante a que aspira, não mais necessita de provas.

Em certos casos, a prova se confunde com a expiação, isto é, a expiação pode servir de prova, e reciprocamente. O candidato que se apresenta para receber uma graduação, passa por uma prova. Se falhar, terá que recomeçar um trabalho penoso. Esse novo trabalho é a punição da negligência no primeiro. A segunda prova se torna, assim, uma expiação.

[…]

Como todo efeito tem uma causa, as misérias humanas são efeitos que devem ter uma causa. Se essa causa não estiver na vida atual, deve estar numa vida anterior. Além disso, admitindo a justiça de Deus, tais efeitos devem ter uma relação mais ou menos íntima com os atos precedentes, dos quais eles são, ao mesmo tempo, castigo para o passado e prova para o futuro. São expiações no sentido de que são consequência de uma falta, e provas em relação ao proveito delas tirado. Diz-nos a razão que Deus não pode ferir um inocente. Logo, se somos feridos e se não somos inocentes, o mal que sentimos é o castigo, e a maneira de suportá-lo é a prova.

Mas, acontece muitas vezes que a falta não se acha nesta vida. Então acusa-se a justiça de Deus, nega-se a sua bondade, duvida-se, até, de sua existência. Aí, precisamente, está a prova mais escabrosa: a dúvida sobre a Divindade. Quem quer que admita um Deus soberanamente justo e bom deve dizer que ele só agirá com sabedoria, mesmo naquilo que não compreendamos, e que se sofremos uma pena, é porque fizemos por merecer. É, pois uma expiação.

Veja-se, aí, o exato contorno de uma e outra. E com base neste profundo estudo sobre a natureza de uma e de outra, aplicáveis tanto ao contexto da vida de encarnado, quanto da desencarnado, tem-se a afirmação que Kardec sugeriu como resposta ao item 998, de “O livro dos Espíritos”, que resume não só o conjunto de informações recebidas em várias comunicações, mas a sua conclusão a respeito do tema: a expiação “se cumpre na existência corporal, através das provas a que o Espírito é submetido, e na vida espiritual pelos sofrimentos morais decorrentes do seu estado de inferioridade”.

Logo, não há nenhum conteúdo nem significado de punição – como apregoam as religiões em geral, acerca das dores humanas – para atos do passado nem no sentido da individualidade ser apenada por não ter feito algo melhor. A dor, neste sentido, como se pretende entender, não existe. O Ser incipiente não pode ser culpado por não agir, ainda, da forma dita como correta. O ser Bom, entendido como adiantado, superior, isto é, aquele que logrou alcançar progresso a partir das próprias experiências, conforme orienta o Espiritismo, guarda correlação com a própria definição de bondade atribuída a Yeshua: “Bom é o Pai que está no céu, que não julga nem pune”. No entanto, frequentemente, pelo intuito de o homem dominar o homem, a dor é conceituada como instrumento de dominação, dentro da culpa, do temor e da salvação, o que, na ambiência dita espírita se transmuda na qualificação da expiação como a norma ou a regra.

Também se deve ter muita cautela diante de prédicas e afirmações que têm a aparência, mas não a essência do Espiritismo. Uma delas está contida na ideia de “autopunição”, que é a retórica quando se fala de “escolha de provas”, antes da encarnação. Muitos acreditam que o que é escolhido pelo Espírito compreende exatamente tudo o que lhe ocorrerá enquanto existência física, tanto em termos de expiações quanto provas. Ou seja, nada ou quase nada para o elemento de vontade, que é característica do Espírito, na forma do livre-arbítrio. Se é correto afirmar que “Deus não julga” e, por consequência, somos nós que nos julgamos (no sentido da autorreflexão proposta por Agostinho (item 919, de “O livro dos Espíritos”), qualquer julgamento deve preceder da análise do caminho trilhado, enquanto escolha nossa, sem medi-lo por meio da culpa. E, ainda nesse ponto, também é preocupante e desqualificada a ideia de se considerar os encarnados como pessoas “muito devedoras”, porque tal retórica deriva da notória tentativa de subjugar o mais fraco e, com isso, impor-lhe as obrigações “espíritas”, como aquelas que são exortadas nas instituições espiritistas em geral, no sentido de impor a presença e a participação nas atividades, para que “não lhe suceda cousa pior”.

Agostinho, assim, repisa o próprio Aristóteles, para quem somente se pode saber se há felicidade no fim da vida, por meio de uma análise profunda do que se fez. Clara alusão ao estado de Espírito errante que analisará o seu trajeto, quando encarnado. A felicidade, tão buscada, não é, portanto, algo a se atingir, mas algo a se entender. E só se entende, vivendo.

Em tempos de transformações intensas como as que se operam na sociedade contemporânea, urge a renovação dos paradigmas existentes e apregoados, justamente com foco no raciocínio aplicado, a partir das informações que a Doutrina dos Espíritos contém, e não em decorrência daquilo que certas “autoridades” espíritas entendem e prescrevem. O progresso é pessoal e decorre do trabalho incessante da criatura sobre si mesma, apreendendo, pela própria observação da Natureza, o caminho (meios) para superar a sua imperfeição. É a Lei do Trabalho em plena eficácia presente em nós e ele, o trabalho, é em si a alegria e toda alegria provém da Origem Espiritual (Universo, ou Deus).

Se o erro, então, faz parte do aprendizado de cada um e acompanha o Espírito em todas as suas etapas de progresso, ele deve fazer parte do caminho, naturalmente. Não é, pois, algo a ser tão somente extirpado, mas como etapas naturais do curso progressivo espiritual, em que a Lei do Trabalho se materializa. Por isso, ele constitui, em essência, o voltar-se para si mesmo, entender os elementos presentes, avaliar ações e recomeçar, todos os dias, utilizando o erro como base para uma nova construção. E esse recomeçar é um processo individual, podendo ser amenizado ou agravado, em termos de efeitos, a partir da compreensão do porquê há dor. É, como disse Denis, o inverno dando lugar à Primavera.

Como as Leis Naturais revelam a suprema e infinita bondade divinas, como conceber sua aplicabilidade, nos atos da vida espiritual como mera expiação? Não é possível crer ou aceitar isso, porque não condiz nem com a justiça nem com a misericórdia, também superiores e infinitas, do Criador.

Enquanto o ser não alcança esse conhecimento, que vem da sua própria libertação a partir da reflexão sobre o que passa e acerca da aplicabilidade das Leis Espirituais, a dor vira sofrimento. Por isso se costuma dizer que a dor faz parte do processo de progressão espiritual, mas o sofrimento é opcional. Ao sentirmos as dores – físicas ou psíquicas – podemos refletir acerca da motivação, da causa, da razão de estarem ocorrendo. Mas nem todos conseguem.

Então, o sofrimento (que deriva da dor) gera a revolta em relação ao contexto e às situações que se vivencia. Então, é de se perguntar, generalizadamente: – O que é mais fácil? A revolta ou o entendimento (e consequente reinício)? Nos valemos de uma analogia pedagógica: o jovem deve estar alegre ao voltar às aulas, porque o ano letivo recomeçou. São novos amigos, novos professores, novas oportunidades.

Assim, a rebeldia e a raiva, ainda naturais em face da inferioridade espiritual de muitos, derivam da incompreensão, da ignorância natural daqueles que (re)iniciam a jornada. Assim, no percurso, suas atitudes podem ser ratificadas ou retificadas, conforme o uso do livre arbítrio e a (melhor) compreensão de tudo o que o cerca. O aprendizado é uma decorrência direta do esforço íntimo, derivado do querer incondicional – a vontade. Entretanto, é somente pela análise do que e de quem nos cerca é que abarcamos conhecimentos. O Ser é, pela Lei de Sociedade, responsável por si mesmo e, inexoravelmente, também atua no (em relação ao) outro.

Assim é de se perguntar: – Quantas palavras e imagens se imprime na consciência do outro? E de que tipologia elas são, libertadoras ou escravizadoras? Afetuosas ou nem tanto? Em “Obras Póstumas”, Kardec trata da Aristocracia, ou seja, o governo dos bons, mas explica: só serão bons se o forem em moralidade. Não há como ser (moralmente) aristocrata se, veladamente, ameaço aquele os que pouco sabem acerca do Bem. Então, é necessário o questionamento: – Por que manter-se a ignorância e o sofrimento se há uma forma mais leve de se aprender?

Nos “arraiais” espíritas se fala muito sobre plantio e colheita, como se todos fossem iguais. Como se todos tivessem as mesmas bagagens, o mesmo aprendizado. Por certo que a Igualdade (outra Lei Universal) nos equivale, mas há que se ter a equidade, que simboliza sermos, de fato, todos iguais em direitos e deveres, mas proporcionalmente às nossas competências espirituais. Por isso Yeshua teria dito que “muito seria cobrado a quem muito foi dado”.

Assim, é necessário inferir que muitos não possuem inteligência e sabedoria aplicadas e possuem ignorância sobre o plantio – tão proclamado nos “corredores” doutrinários. Mas se o Espírito ainda não sabe plantar, nem como plantar, por que o Criador faria com que ele colhesse as amarguras dos frutos decorrentes da ignorância? O ponto essencial, neste contexto, é, de fato a peculiaridade de que em relação àqueles que mais sabem se é esperada uma conduta compatível, já desperta, e distante da grande massa ainda desconhecedora do alcance das Leis Divinas.

O sofrimento, então, é algo que vai desaparecendo a partir do momento em que o Espírito agrega o aprendizado de cada experiência. Muitas vezes, é necessário trabalhar e repetir várias vezes tais experiências até que se as possam internalizar, quando o aprendizado passa a fazer parte do Espírito. É exatamente aí que se começa a entender os porquês da vida e onde inicia a renovação em direção ao progresso.

Portanto, o futuro em penas e em gozos é a consequência da trajetória do Espírito. Quanto mais se esforça em “domar suas más inclinações” (traço que caracteriza o verdadeiro espírita, segundo Kardec), maiores gozos experimenta, na forma de alegria e felicidade, e menos penosas se tornam suas experiências corporais. Até que se depure completamente, alcançando o estágio de Puro Espírito (escala espírita, “O livro dos Espíritos”, itens 100 e seguintes).

Fontes:

DENIS, L. O problema do ser e do destino. Trad. Homero Dias de Carvalho. Rio de Janeiro: CELD, 2011.

KARDEC, A. Obras Póstumas. Trad. Sylvia Mele Pereira da Silva. Introdução e notas J. Herculano Pires. 2. ed. São Paulo: LAKE, 1979.

KARDEC, A. O livro dos Espíritos. Trad. J. Herculano Pires. 64. ed. São Paulo: LAKE, 2004.

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Postagem efetuada por membro do Conselho Editorial do ECK.

One thought on “O Futuro em Penas e Gozos, conforme o Espiritismo, por Maria Cristina Rivé e Marcelo Henrique

  1. Espero não ter saído da curva em minhas reflexões, mas a leitura do texto trouxe-me à mente Nietzsche e sua célebre frase: “Aquilo que não me mata, torna-me mais forte”, que nos desperta para a realidade profunda da alma. Nietzsche contrasta a visão comum de que a dor deve ser eliminada ou vista como punição, propondo, ao contrário, que ela é uma condição essencial para o amadurecimento e a afirmação da vida, uma etapa necessária no caminho para alcançar um estado superior de existência. Pois é, meus amigos, cada vez mais, Kardec.

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