Gerson Yamin
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“Ói, olha o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu, não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso no ar”
Raul Seixas, “Trem das Sete”, álbum “Gitá”, 1974.
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Nascemos, vivemos e partimos. Mas qual o sentido da existência? Estamos por aqui para fazer o quê?
Muitas vezes, quando tentamos responder essas questões repetimos o que nós fizeram acreditar, que precisamos estudar, trabalhar, possuir coisas, criar filhos, deixar patrimônio material, e outras tantas concepções herdadas de nossos ancestrais que viveram/vivem no mundo absorvidos por essa dimensão materializada da existência
Mas será que esse é o sentido da vida?
Ou estamos aqui, nessa curta e necessária passagem, para aprender/ensinar sobre nós, sobre os outros e sobre a sociedade da qual estamos inseridos e que devemos colaborar para que melhore?
Será esse o sentido de existirmos, vivermos, com algumas/muitas dores e prazeres e aprendendo com essas situações que nós levarão ao crescimento, ao progresso espiritual?
Se nos povos primitivos a perspectiva de vida futura se dava no âmbito da intuição, mais adiante, na concepção da esperança, o que faremos para compreender que o apego exacerbado a vida corporal atrasa nossa perspectiva, enquanto essência indestrutível, na continuidade da vida?
Nesse dia de saudades, desapegos e compreensão sobre a impermanência da vida física permita uma reflexão sobre nosso papel nesse grande palco da existência humana. Como está escrito na lápide de Alan Kardec: ” Nascer, morrer, renascer ainda, e progredir sempre. Tal é a Lei”
Imagem de Rosy / Bad Homburg / Germany por Pixabay