Alexandre Júnior
Foto de aboodi vesakaran na Unsplash
O Movimento Espírita Brasileiro Hegemônico Federativo Institucionalizado é solo fértil para o fundamentalismo religioso, falta de senso crítico, reprodução de conteúdo, e produção de ídolos. Em contraponto, é essencial investir em um movimento pensado e produzido dentro da sociedade de seu tempo para dialogar com as diversas culturas formadoras de nosso povo, ao invés do costumeiro silêncio.
Não é de hoje que assinalamos a necessidade de o Movimento Espírita Brasileiro Hegemônico Federativo Institucionalizado precisar urgentemente tratar das questões político-sociais, sob pena de, além de poder produzir alienação na negação da referida discussão, se tornar omisso, e, em assim sendo, não trabalhar contra a instauração do caos social em nosso país.
Recentemente a Federação Espírita Brasileira (FEB) lançou uma nota se colocando contrário aos atentados terroristas, ocorridos nos prédios dos três poderes de nossa pátria no último dia 8 de janeiro de 2023. Posicionamento importante, porém, sem a contundência exigida para a gravidade do momento, e tardio, já que poderia ter sido feito em relação às ações que o antecederam, posto que serviram de base para o mencionado ataque à sede dos poderes brasileiros!
Encontraremos entre os espíritas aqueles que dirão: “antes tarde do que nunca”. Mas, refletindo sobre este extemporâneo manifesto, especificamente, percebemos as dores, angústias e mortes impostas a uma parcela significativa de nossa sociedade, e, no mesmo período, o silencio perturbador das Federativas Espíritas, inclusive a aqui citada.
Os descalabros promovidos pelo governo Bolsonaro, e, pessoalmente, pelo ex-presidente, foram muitos, durante a gestão, e culminaram, no dia 8 de janeiro de 2023, nos ataques terroristas ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, (STF). Ou seja, foram direcionados à representação dos três poderes de nossa Pátria, não nos esquecendo de que ela, a Pátria, é de todos os brasileiros, e não dos “patriotas” violentos, negacionistas, truculentos e fascistas.
As desventuras do referido ex-governante também não começaram com a relativização de uma pandemia que ceifou a vida de 700 mil brasileiros, negociando valores superfaturados na compra de vacinas, defendendo remédios ineficazes e prejudiciais à saúde, quando usados de forma inadvertida.
Este infortúnio não começou com a crise humanitária a que foi submetido o povo Yanomami nem, tampouco, quando o já citado ex-presidente decretou autorização para os garimpos ilegais funcionarem. Mas este fato absurdo, aviltante, de comprovada leviandade contra a vida deste povo originário, caracteriza além de degradação moral, crime contra humanidade. Aqui o silêncio novamente se fez!
Este cenário social infame não foi inaugurado com a morte de Bruno Pereira e Dom Phillips, nem de Marielle Franco e Anderson Gomes! Mais silêncios que agrediram os nossos ouvidos e os nossos corações.
Preferem, então, os espíritas do segmento majoritário falar do aborto, distorcendo as leis e complicando a compreensão das pessoas sobre o tema. O aborto é um tema de saúde pública e, como tal, precisa e deve ser tratado como questão de saúde pública, e não a partir de falsos moralismos, que produzem votos ou promovem a manutenção do status quo para qualquer agente governamental ou ente federativo.
Se faz imperioso compreender a necessidade de produzirmos uma pauta sobre o aborto que leve em consideração as Ciências, inclusive as Humanas, e desta maneira, descermos do pedestal da arrogância que caracteriza uma parte significativa do Movimento Espírita Brasileiro Hegemônico Federativo Institucionalizado. Este, mais preocupado em ser a “terceira revelação” e de conferir ao nosso país o dístico de ser o “Brasil coração do mundo e pátria do evangelho”, parece ter perdido completamente a sensibilidade com as questões humanas e sociais e a própria relação com a realidade. Os movimentos intitulados de “pró-vida”, acabam sendo na realidade movimentos “pró-vida intrauterina”. Portanto, após o nascimento, basta apenas continuarmos abastecendo de cestas básicas seus corpos pretos, indígenas, femininos e LGBTQIAP+, sem esquecer do pão e da sopa. Afinal de contas, se ouve constantemente em relação a eles que “boa coisa não foram para passar por isso nesta encarnação”.
E assim vamos renunciando a todas as nossas responsabilidades sociais, vivendo uma perspectiva de mundo a partir do mundo espiritual, desprezando a necessidade e importância das relações sociais e criando um mundo desconectado da realidade, alimentando as Colônias Espirituais formadas por “homens de Bem”, brancos, héteros, classe média e “patriotas”.
Este cenário social desolador não principiou com o voto a favor do impeachment de uma presidenta democraticamente eleita, que na verdade era a representação de um golpe jurídico midiático parlamentar. Lembremos que, na sessão legislativa que apreciou o impedimento da governante, o ex-presidente fez destacada homenagem, exaltando a figura de Carlos Alberto Brilhante Ustra, um torturador dos piores que o nosso país produziu. Ou, ainda, bradou que “Precisamos fazer um trabalho que o regime militar não fez, matando uns 30.000”. Também quando o mesmo disse a uma mulher, a Deputada pelo Rio Grande do Sul, Maria do Rosário: “Ela não merece [ser estuprada] porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece”.
A mesma FEB que defende não se falar de política em ambientes espíritas, permaneceu em sepulcral silêncio quando o médium Baiano Divaldo Pereira Franco chamou Sérgio Moro – sabidamente um juiz parcial – de “paladino da justiça”. Manteve-se em igual silêncio quando o referido médium fez descabidas e desinformadas declarações sobre “ideologia de gênero”. O que nos faz pensar: ou a referida federativa assim como o Senhor Divaldo Franco, não entende dos assuntos em destaque, ou concorda com suas análises. Ou, então e ainda, o médium se tornou maior do que o órgão federativo, não podendo desta maneira ser questionado.
Podemos chamar os atos terroristas de 8 de janeiro, como a morte de uma crônica anunciada, porque esta nota de repúdio “febiana”, por mais que seja importante, a partir das análises aqui produzidas, nos leva a crer que veio tarde. O silêncio ensurdecedor produzido, desde a sua fundação em 2 de janeiro de 1884, mas em especial nestes últimos sete anos é no mínimo conivente com tudo que está acontecendo nos dias de hoje.
O Movimento Espírita Brasileiro Hegemônico Federativo Institucionalizado foi e está sendo tomado de assalto por espíritas bolsonaristas, se é que seja possível esta combinação, e a facilitadora (FEB) não vê, finge não ver ou compactua com as mesmas ideologias defendidas pelo ex-mandatário e seus seguidores. Em assim procedendo, torna este referido movimento solo fértil para o fundamentalismo religioso, a falta de senso crítico, a reprodução de conteúdo e a produção de ídolos.
Sendo assim, urge a necessidade de um Movimento Espírita que, pensado e produzido dentro da sociedade de seu tempo, dialogue com as diversas culturas formadoras de nosso povo, interaja com todas elas e seja capaz de propor diálogo ao invés de silêncio; acolhimento ao invés de julgamento; e amor ao invés da política de ódio, considerado este um amor representativo, composto de toda a diversidade que nos forma enquanto brasileiros. Que seja, deste modo, diverso, verdadeiro e pleno, com toda a força que nos for possível sentir!
Excelente esse artigo de Alexandre Junior. Desde que me dei conta que a maior parte dos espiritas tinha se transformado em anti-esquerdistas radicais, e a seguir, em bolsonaristas, deixei de frequentar centros espiritas.
O texto é realmente primoroso, no sentido que o Espiritismo acompanha o tempo, a evolução e a ciência. Longe de fanatismo ou de abstenção de temas sociais e reais aos seres espirituais em experiências humanas, necessárias à evolução. É necessário que o movimento se organize em torno de pautas que significam, que são parte do cotidiano.
Esperamos do movimento federativo esse Ímpeto pelo trabalho de esclarecer e nunca se silenciar, de fomentar o estudo, de construir debates e pesquisadores, longe do fanatismo, do achismo ou do uso da mediunidade para julgar ou validar preconceitos.
Lamentável foi a fala de Divaldo Franco nos últimos dias, apoiando as depredações e criticando as prisões.
De maneira silenciosa a Federação Espírita do Paraná, que mantinha na página inicial, internet, os links diretos para as páginas de Divaldo (pensamentos) e de Raul Teixeira. De maneira discreta tirou a de Divaldo e manteve a de Raul Teixeira.
Tudo para evitar escândalos, mas o maior escândalo é a prostura deplorável e da fala desastrosa de um homem de 95 anos. A opinião de um medium nunca pode ser confundida com a do Espiritismo. Nesse caso como as personas se confundem o silêncio cairia melhor. Divaldo vem sendo eixo ou de obsessões ou a máscara do carnaval de sua vida caiu de uma vez.
As vezes a posição do silêncio da federação é mais nocivo do que preservativo.
Espiritismo é está atento aos dilema do tempo, no momento espiritual da evolução do ser e da sociedade.
É preciso o estudo sim, mas a pesquisa baseada em Ciências. Desprovida desse achismo baseado num repertório antigo, arcaico e preconceituoso.
Expandir o conhecimento é sinônimo de Espiritismo e jamais de casas ou bandeiras da religiosidade.
Fica sim a importância de textos como esse de Alexandre Júnior, fomentando a reflexão e jamais passando pano.
A verdade é forte como o sol, não existem máscaras que possa tapar.
Ainda ficou mais complicado as relações no MEB pós Bolsonaro. Considero muito o Divaldo, principalmente pela sua obra e sua mediunidade e não podemos cancelar ele pelos excessos que vez em quando fala. Há de considerarmos também sua idade. Ele pode ter suas opções políticas, como sempre teve, mas não pode usar a tribuna Espírita indo de encontro a democracia ao defender gente golpista de ultra direita. Que Deus tenha misericórdia de todos nós!
Esse homem chamado Divaldo é como qualquer um de nós, falível. É lamentável que fale suas asneiras em público, sabendo que é um formador de opiniões e tem um número muito grande de espíritas que seguem sua cartilha como se ele fosse um mensageiro dos céus.
Faz tempo que ele vem fazendo esse erro. Isso só vem afastando muitas pessoas do movimento e mostra como as federativas ou se fazem de cega ou concordam com tudo que vem acontecendo com os brasileiros, governado por uma direita radical que segue na contramão do Cristo, que veio trazer um pensamento de uma sociedade mais humana e solidária.
O texto nos clareia as ideias e nos chama à responsabilidade.
No final cada um responderá por suas atitudes..
” Se um dia a ciência provar que o espiritismo está errado, devemos ficar com a ciência! ”
(Allan kardec )
Nesse caso, nem a ciência nem o espiritismo está errado…, mas alguns líderes hipócritas religiosos que deturpam a linguagem dos espíritos!
Muito bom texto. Apoio e assino embaixo.
Parabéns, Alexandre por mais um ótimo e importante texto!
Gratidão meu amigo, grande abraço!!!!
Texto lúcido, reflexões oportunas, mas, que seja aqui para falarmos sobre os preceitos cristãos sem atacarmos a nenhum irmão que pode cair! Que Deus compadeça de todos nós! Que possamos sair da crítica e passar a fazer com
O Cristo !
Excelente artigo, Alexandre!!
Num momento em que mais uma publicação infeliz do médium Divaldo Franco, representante maior do Movimento Espírita Brasileiro Hegemônico Institucionalizado, está repercutindo bombasticamente na internet.
Está claro que o Movimento Espírita Brasileiro é extremamente diverso e que as pessoas que o integram possuem as mais variadas opiniões sobre os assuntos, em especial sobre a política.
Kardec nos orienta a respeitar todas as opiniões, porém é necessário o cuidado ao emitir sua opinião pessoal, quando você é reconhecido como uma voz importante para o movimento espírita.
Parabéns pela lucidez com que você nos traz essa reflexão necessária e urgente em nossos meios.
Excelente reflexão do nobre ESCRITOR, porém lamentavelmente representa uma triste e vergonhosa realidade, pois nós espiritas não somos e jamais seremos uma parcela da sociedade para silenciar e/ou conivente com o silêncio comprometedor. Marco Pollo Dutra
Alexandre como sempre incansável no combate à ideologia e práticas perversas, de forma clara , precisa. É necessário denunciamos o silêncio que nunca é inocente, mas tantas vezes omisso e criminoso. Essas histórias precisam ser sempre lembradas com análise e propriedade. Obrigada Alexandre.
Excelente reflexão do nobre ESCRITOR, porém lamentavelmente representa uma triste e vergonhosa realidade, pois nós espiritas não somos e jamais seremos uma parcela da sociedade para silenciar e/ou conivente com o silêncio comprometedor. Marco Pollo Dutra
Excelente texto. Esse “flerte” e/ou omissão do movimento espírita e suas “lideranças” com o avanço da extrema-direita com toda a sua política de exclusão, repressão, violência e extermínio de setores marginalizados de nossa sociedade preocupa e merece nossa reflexão.
O nome justo de quem apoia o massacre de Bolsonaro ao Brasil é fascista! Foi desrespeitado o que temos de mais sagrado: nossa convivência democrática como nação. Seguidores do governo anterior e seu líder – grupo chamado de bolsonaristas, mas na realidade são adeptos da extrema direita – são os que realizaram uma quantidade de atos indignos, espalhando o ódio e destruição, sem qualquer motivo justo, nobre ou espiritual. Realmente é para se indignar com tamanha hipocrisia, por grande parte dos que compõe o Movimento Espírita. Significa que apoia as barbaridades que os fascistas cometeram no Brasil de 2016 até 2022. Nunca ouvi nenhuma crítica aos crimes de lesa pátria do ex presidente sua organização criminosa por grande parte dos espíritas, ainda encontrando quem está respaldado em fake news do além.
Uma Federação Espírita, dita Cristã, deveria se opor firmemente contra qualquer tipo de Violência, assim também contra o uso de Armas de Fogo. E inclusive deveria afastar membros que fizessem a defesa de Barbáries Coercivas. Afinal, qual é a verdadeira essência do Espiritismo?
Parabéns Alexandre pelo texto lúcido que efetuar uma linha antropológica das omissões que o movimento espírita vem cometendo, demonstrando a hipocrisia diante dos fatos neste texto mencionados. A indignação, principalmente pelo fato mais recente do Sr. Divaldo, é muito grande e ainda com seus 95 anos, não deve ser ignorado pois ainda representa uma voz para os espíritas bolsonaristas (antagônico né). Enfim, parabenizo pelo texto, pela clareza e por nos trazer um alento.
Que oportuna reflexão! Quisera eu ter o poder de expô-lo nas mídias e em horário nobre. Parabéns Alexandre! 🙌🏼
Muito bom este texto, reflete perfeitamente a realidade do movimento espírita atual
Parabéns Alexandre que texto lúcido, corajoso e necessário. Estarei compartilhando.
Parabéns amigo, Alexandre! Garantindo mais uma vez excelentes reflexões. Que Deus continue te abençoando nessas e outras produções tão importantes.Forte abraço.
Lastimável esta situação! Texto muito necessário! Parabéns, Alexandre! O referido médium precisa compreender que o “silêncio dos bons” (no entender dele) foi feito para que a justiça fosse exercida.
Essa nota da FEB a que você se refere foi meramente protocolar. Ao ler, não há nenhuma condenação explícita das barbaridades cometidas, mas apenas um amontoado de citações sem nexo. Foi claramente feita com a intenção de dar uma imagem pública contrária a violência, mas sem ênfase, com o propósito apenas de satisfazer certas pressões sociais sem desagradar a massa de bolsoespíritas que sustentam a entidade.
Os passos 👣 que tornaram o Espiritismo um solo fértil para o fundamentalismo religioso tem a ver com a nossa própria estrutura de ensino, a maneira como as disciplinas de sociologia, filosofia e todas que levam as pessoas as pensarem.
Quando eu entrei no Espiritismo, eu era de esquerda e todo mundo no centro era neutro, de centro não se envolviam com política, apenas votavam errado. Isso nunca me afetou em nada, mas o que aconteceu no nosso país foi uma coisa realmente inusitada e que levou a uma polarização entre uma extrema direita fascista e o movimento progressita. E de repente os neutros de centro todos se identificaram com a extrema direita fascista, os que não se identificaram, ficaram neutros e conivente com tudo, cúmplice. Ficou difícil a situação e eu tenho me perguntado todos os dias, para muitas pessoas e realmente procuro resposta: É POSSIVEL SER ESPÍRITA SEM FREQUENTAR UM CENTRO ESPÍRITA? Ou tenho que passar a me definir como espiritualista?? 🥲🥲
Mais uma memorável reflexão acerca de questões que dentro do Movimento Espírita são tratadas como “sigilo de 100 anos” ou mais, Alexandre é cirúrgico ao tratar do assunto, dando o tratamento e a seriedade que se faz necessário. Infelizmente a ideia absurda de que assuntos sociais e “religiosos” não devem se misturar ainda vigora, más, essa tentativa de fomentar ainda mais uma ignorância política que perpassa séculos é proposital. Reflexões como essa e algumas outras são extremamente necessárias, para que possamos esperançar (segundo Freire) dias em que tenhamos a sençação de que não estejam a continuar com a tentativa descabida de enjaular o pensar livre, comecemos por uma educação realmente libertadora.
Um silêncio que se faz ouvir no Mundo Espiritual, não estamos aqui a passeio e sim para mudarmos o curso da história, com as palavras de Nosso Mestre e como filhos do Pai, o silêncio também é falta de caridade e deixar Jesus a ser crucificado todos os dias, diante de nós. Concordo com suas palavras plenamente meu irmão de espiritismo. Todos os órgãos que querem nos representar têm primeiro de representar NOSSOS IRMÃOS.
Ótima análise! Parabéns, Alexandre!
Toda instituição que se coloca “neutra” diante do fascismo contribui para o fascismo.
Que o movimento hegemônico perceba isso o quanto antes.
Belíssimo, muito oportuno e elucidativo, querido amigo e irmão de caminhada, Alexandre Junior! Parabéns com louvor!
Você foi bastante feliz nas colocações adequadas das palavras que deveriam ser empregadas para o momento, em que realmente o silêncio covarde de que quem jamais deveria se calar, como as federativas que representam o movimento espírita brasileiro.
Na nossa acepção, quem, infelizmente, deveria ter ficado em silêncio foi o médium Divaldo Pereira Franco, pois ele perdeu uma bela oportunidade para ter ficado calado. E ele não ficou. Agora recentemente, ele voltou a se manifestar a favor do criminosos “patriotas” presos, que fizeram a nefasta quebradeira do dia 08/01/23, no Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal-STF. Ele citou um monte de impropérios, falando mal das leis que acobertaram as prisões, sem julgamentos…
Caro Alexandre, para encurtar e ser mais objetivo, faço das suas as minhas palavras.
Abraços fraternais,
Mílton Campos.
Excelente artigo, Alexandre! Reflexão mais do que necessária após o avanço da extrema direita. O que nos parece, também avançou no movimento espírita brasileiro e, lamentavelmente, sob as barbas da FEB. Vida longa à você e ao Ágora!
Não tenho muito a acrescentar, concordo plenamente com tudo o que está escrito. Acredito que urge a necessidade de um posicionamento forte, equilibrado e intenso sobre qual lado estamos. Sim lado, chega deste discurso mentiroso, de que não é preciso definir lados, Acredito que precisamos sim sinalizar de forma clara, quais os valores que temos. Para aqueles que buscam identificar seus valores éticos e morais com a verdade e sabedoria, NÃO compactuam com o governo bolsonarista.
Precisamos de pessoas com coragem para denunciar os males existentes em nossa sociedade! Você faz isso! Parabéns, Xande!
Parabéns Alexandre! Excelente texto, espero que a FEB e o movimento espírita despertem.
Gratidão minha amiga, grande abraço!!!
Excelente artigo, não há mais conciliação possível, é preciso romper este pacto silencioso que perpetua no MEB.
Parabéns, Alexandre pelo texto, vivemos na atualidade uma certa catalepsia federativa, não sei se esperando que o espírito da verdade diga ou tu que dormes levanta e ainda, fico a me perguntar onde está a pátria do evangelho e o celeiro do mundo? Porque diante do silêncio dos bons o mal prevalece, eu não sabia que a ciência espírita, a filosofia espírita e a religiosidade espirita, levaria aos iluminado a ser polarizado me pergunto em meu devaneios se sou eu que estou perdendo o bom senso nas minhas inquietações.
Abraço meu querido Alexandre
Obrigado
Parabéns Alexandre pelo texto simples e direto.
Um texto excelente, lúcido e direto, que me representa! Parabéns ao amigo Alexandre por mais um ótimo artigo e ao ECK pela publicação!!
Uma Doutrina que tem como base: filosofia e ciência não pode ser conivente com ideias fascistas. ” Divaldo Franco, está obsediado.”
Análise perfeita, inteligente, revolucionária.
O “Movimento Espírita”, escorado no endeusamento de lideranças vulneráveis e simpáticas ao conservadorismo histórico, está cada dia mais próximo do espiritismo pentecostal em detrimento do Cristianismo Primitivo.
Onde andam os “Mentores” como Joana de Angelis que não alertam seus mensageiros quanto às diferenças entre a Luz e as trevas que supliciam o “Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho”?
Importante e lúcido artigo, caro Alexandre!
Parabéns pelo texto!!!!
Que texto maravilhoso!!!
Necessário se faz todos!!!
Nem só de pão vive o Humano. Depois de muitos anos de Kardec, adentrei a religião de Matriz africana e pude compreender que uns alimentam o corpo e outros alimentam a alma.
Todos são fundamentais e que pensar se faz necessário. Mudar requer coragem.
Posicionamento necessário e muito lúcido. Precisamos refletir sobre todas essas questões que são do nosso tempo atravessados pelos sentimentos de solidariedade, empatia e serenidade. Evoluir é a razão de nossa jornada. Parabéns!
Excelente texto é muito verdadeiro. Não sou há muito tempo espírita, me considero espiritualista. Esse movimento não me representa. Todos os necessitas são excluídos das pautas espíritas: animais, meio ambientes, lgbtqi+, pretos, mulheres.
A instituição esteve sempre nesta posição. Posicionamento de ‘evoluídos’ mas com valores retrógrados e pediu tolerância do estado laico apenas para si olvidando a posição dos cultos de matriz africana que comungam de ensinamentos ancestrais MAS oriundos do continente africano.
Alexandre Júnior, nos convida a refletir sobre que tipo representatividade institucional federativa temos tido no Movimento Espírita no Brasil, e de não permitirmos que uns e outros por “missão” ou omissão venham a contaminar com suas ideias fascistas, o legado da obra organizada por Kardec. Que os patógenos
do Integralismo e do Eugenismo jamais encontrem eco na tarefa de promoção do Espiritismo no Brasil ou no mundo.
Nestes tempos difíceis em que um movimento ultraconservador coloca em perigo as instituições da democracia, estimulando guerras e outras violências como método para dominar o poder, não se concebe a omissão dos espíritas, sabidamente detentores de propostas de justiça social e paz. Parabéns, Alexandre.
Prezado Alexandre, gostaria de iniciar o meu comentário informando que concordo com todos os seus apontamentos em relação ao movimento fascista que tanto mal tem causado ao nosso povo, culminando com a tentativa de golpe do dia 08 de janeiro de 2023. No entanto, devo discordar quanto ao papel que cabe a FEB nesta discussão. A FEB não tem mandato para falar em nome dos Espíritas. O Espiritismo é uma filosofia e uma ciência com consequências religiosas. Não podemos igrejificar o espiritismo. No entanto, um grupo de espíritas poderiam iniciar um movimento de apoio ou fazer um manisfeto. Mas, a escolha de cada espírita no trâmite das coisas terrenas é uma decisão de foro íntimo e que cada um deve fazer a sua escolha. Podemos ter debates de vários temas, mas nunca podemos dizer que o Espiritismo apoia uma coisa ou outra no que tange aos movimentos políticos/partidários. Mas o espírita pode se manifestar e deve, como cidadão consciente e conforme os preceitos de um bom cristão: firme, sincero, respeitoso, cordial. A ideia de Federação é justamente a de que o Centro Espírita não deve se moldar as convenções de ordem material, mas sim, se adaptar dentro do contexto cultural, regional em que se encontra, adotando as melhores práticas que cabe ao Espiritismo (codificado por Kardec). Neste contexto, a FEB pode muito bem auxiliar, mas jamais ditar normas ou definir caminhos ou lados. Se assim o fizer, já não poderemos falar que trata de Espiritismo.
Ao ler esse texto so podemos concluir: temos os espíritas que são um número menor e os que se dizem espíritas. Uns se baseiam na Codificação Espírita a maioria muitas vezes são espíritas de romances. Portanto, veem a vida de modo romântico.
Sempre uma alegria te ler, Alexandre! Seguimos junt@s nessa caminhada. Um grande abraço!
Excelente! Como adição ao artigo, e a alguns comentários aqui postados, gostaria de dizer que tais práticas também passam pela origem do “Espiritismo Brasileiro”. Cujo grande desafio é retirar do seu arcabouço o “Igrejismo” herdado do catolicismo, religião hegemônica no País, onde há a adoração de santos, cardeais e até padres influencers. Nos deixando como legado a deificação de médiuns, dirigentes e palestrantes. Tornando-os infalíveis…
Marcelo, concordo com tudo que expôs em seu texto. Contudo, gostaria de saber como interpretar, sob a ótica de Kardec, a corrupção institucionalizada no Brasil, independente de qual grupo político encontra-se no poder?