Quando a mediunidade é falsidade!

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Editorial ECK

Uma mentira não consola! Quando Kardec em conjunto com as Inteligências Invisíveis consignou a qualidade consoladora do Espiritismo, ele se referiu à certeza da imortalidade da alma.

Afinal, o que dizer aos familiares e amigos quando um ente querido desaparece de suas visões físicas, adentrando pelo portal da morte? Que eles vivem! E que as relações – expressas em laços de afinidade – não se afrouxam, mas se apertam, na certeza de um breve reencontro.

Dada a diversidade da condição espiritual de cada um, há pessoas que se desesperam mais que outras, na ânsia de receber uma notícia (razoável, com indícios de verdade) de um filho, um irmão, um amigo, uma mãe ou pai, um esposo ou esposa… É lícito querer saber e é da natureza indagatória humana procurar. “Buscai e achareis” teria dito o Magrão, há cerca de 2.000 anos…

Pela mediunidade, o véu obscuro do porvir tem sido retirado, como se traves fossem removidas dos nossos olhos corporais. A mediunidade verdadeira, como a faculdade de aproximar os dois mundos, o físico e o espiritual, não sendo patrimônio do Espiritismo, existe desde que o homem é homem e os mundos são mundos (habitados). A Filosofia Espírita, no entanto, desde 1857, cuidou de afastar o místico e o mítico, transformando o sobrenatural em natural.

Todavia, como os indivíduos são grosseiros, egoístas, orgulhosos, vaidosos e querem obter vantagens em cada metro quadrado do trajeto de suas existências, pessoas inescrupulosas – algumas até dotadas da mediunidade natural, que é faculdade comum de todos os humanos – têm produzido CARTAS MEDIÚNICAS FALSAS, a fim de iludir e atrair os sofredores da alma que buscam respostas e explicações acerca da morte.

Tais indivíduos, criminosos que exploram a fé popular e os sentimentos mais puros que jazem nos corações dos aflitos, vêm produzindo relatos falsos, produzidos a partir de registros dos falecidos e/ou de seus entes queridos publicados nas mais diferentes redes sociais. Apelidos, expressões, modos de falar, tiradas, eventos passados (bons ou ruins) e nomes dos mais próximos brotam das “cartas” como se o morto as tivesse declarando – com o único intuito de convencer aqueles que sofrem sobre uma verdade que inexiste.

É preciso punir aqueles que se locupletam com o sofrimento humano, dos parentes de pessoas falecidas, posto que buscam fama, honrarias, destaques e até valores materiais, direta ou indiretamente arrecadados. Que as autoridades policiais, ministeriais e judiciais do Brasil possam realizar investigações e punir exemplarmente os envolvidos nestas fraudes. Fraudes que, inclusive, comprometem a honra, a ética e as atividades dos milhões de espíritas sérios que atuam em nosso país, em favor da busca pelo Espírito e pela Espiritualidade.

Basta!

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

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Postagem efetuada por membro do Conselho Editorial do ECK.

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